Acusação contra Oruam por tentativa de homicídio é fragilizada, diz defesa
Segundo a defesa do rapper, a denúncia não apresenta provas materiais ou periciais concretas de uma tentativa de homicídio qualificado
A defesa do rapper Oruam afirma que a acusação de tentativa de homicídio qualificado contra ele é fragilizada, sem provas materiais ou periciais concretas, e questiona a gravidade real da ação relatada.
A defesa do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam, afirmou que a acusação de tentativa de homicídio qualificado contra ele é “fragilizada” e que não apresenta provas concretas do crime. A informação é da TV Globo.
Na última terça-feira, 30, a Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público contra o filho do Marcinho VP e Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira.
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Segundo o processo, eles teriam atentado contra a vida do delegado Moyses Santana Gomes e do agente da Polícia Civil Alexandre Alves Ferraz ao jogar pedras nos dois durante uma ordem de busca e apreensão, na noite do último dia 21 de julho.
O Terra tentou contato com a defesa do rapper, que não respondeu à solicitação. No entanto, à emissora, a equipe de advogados do cantor afirmou que a acusação insiste em uma narrativa “fragilizada”, que não apresenta provas materiais ou periciais concretas de uma tentativa de homicídio qualificado.
Além disso, a equipe jurídica também salienta que a conduta dos policiais também evidencia que, no momento, não existia risco real de morte.
Denúncia
Conforme o processo, os policiais estavam cumprindo naquela noite uma ordem judicial de busca e apreensão de um adolescente suspeito de ligação com o tráfico de drogas e crimes patrimoniais. O menor de idade estaria se deslocando até a casa de Oruam, no Joá, na Zona Oeste do Rio.
Durante a ação, os policiais se posicionaram próximo à residência e conseguiram abordar o adolescente e outras cinco pessoas. Nesse momento, segundo a denúncia, o rapper, Willyam Matheus e outros sete indivíduos passaram a ofender e arremessar pedras na direção da equipe policial. Uma delas teria mais de 4 Kg.
O delegado Alexandre foi atingido nas costas e no calcanhar enquanto Moyses não teve ferimentos, pois conseguiu se abrigar atrás da viatura.
“Verifica-se que consta informação e registros de que os denunciados, em especial Mauro David ("Oruam"), persistiram na escalada criminosa e buscaram atrair os agentes de segurança para local com maior garantia de resultado morte dos mesmos - constando vídeo em redes sociais com informação de fuga para o Complexo da Penha, em área dominada pela organização narcoterrorista Comando Vermelho, com a qual o denunciado possuiria laços familiares”, descreve a juíza.
A menção da magistrada é referente ao vídeo em que o rapper aparece dentro de um veículo, desafiando os policiais: "Vem aqui me pegar no complexo", disse ele na ocasião. Em seguida, o rapper fez mais uma publicação nas redes, com a localização indicando que estaria no Complexo da Penha.
Ele foi preso no mesmo dia ao se entregar à Polícia. Após passar por audiência de custódia, a Justiça manteve a prisão do filho de Marcinho VP.
Além de tornar Oruam e Willyam Matheus réus por tentativa de homicídio qualificado, a juíza decretou a prisão preventiva de ambos. A defesa de Willyam não foi localizada. O espaço permanece aberto para manifestações.

