Ação conjunta da polícia termina com 10 mortos em SP
Quatro pessoas foram presas e 10 mortas em uma ação conjunta das polícias Civil e Militar que durou três dias, em São Paulo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP), o grupo é suspeito de assaltar um shopping em Caraguatatuba, no litoral sul paulista, e explodir caixas eletrônicos no local no último dia 15.
Segundo a SSP, dos 10 mortos, sete morreram em Caraguatatuba e três em Biritiba Mirim (SP), em troca de tiros com policiais entre sábado e a manhã desta terça-feira. “O crime aconteceu por volta das 4h30 de sábado, quando o grupo invadiu a garagem de uma empresa de ônibus, rendeu funcionários e entrou pelos fundos do shopping, onde renderam seguranças e estouraram lojas e seis caixas eletrônicos”, contou o coronel Cassio Roberto Armani, responsável pelo Comando de Policiamento do Interior 1 (CPI-1).
No sábado, por volta das 16h30, policiais do Comandos de Operações Especiais (COE) localizaram um suspeito armado. Ele reagiu à abordagem e atirou contra eles. De acordo com a SSP, ao revidarem, os PMs feriram o homem, ainda não identificado, que estava com R$ 96.344. O suspeito morreu no hospital. Ao lado dele foi encontrada uma pistola calibre 380, dois revólveres calibre 38, e um colete a prova de balas.
Na região, equipes da PM acompanharam carros da quadrilha, que fugiam por uma estrada de terra, a mesma via pela qual haviam chegado aos fundos do shopping. “Eles foram mal guiados e chegaram à Serra do Mar, onde abandonaram os carros”, disse Armani. As placas dos veículos eram clonadas, segundo a polícia.
Ao notar a presença de uma viatura da PM, os suspeitos abandonaram os carros e entraram na mata da Serra do Mar. Após a fuga, 450 policiais foram mobilizados para realizar um cerco na região.
Na manhã de domingo (16), o desempregado H.S.R., 25 anos, foi encontrado em uma fazenda, com R$ 5.025. Ele - que é acusado da morte de dois policiais civis no Guarujá (SP), em novembro de 2007, e suspeito de integrar uma facção criminosa - confessou participação no crime. “Ele se entregou. Havia fugido do próprio grupo, que queria matá-lo, por ter guiado os carros ao lugar em que se perderam”, afirmou Armani.
O segundo suspeito - o professor S.S.S.J., 26 anos - foi encontrado por volta das 20h do domingo andando pela margem da estrada.
Na madrugada de domingo para a segunda-feira (17), quatro criminosos morreram ao trocarem tiros com PMs. Segundo a SSP, os suspeitos estavam com dois coletes à prova de bala que foram roubados dos vigilantes do shopping, além de três pistolas - de calibres 9 milímetros, .45 e .40. Com eles, foram apreendidos mais R$ 26.701.
Uma equipe da Força Tática de Caraguatatuba localizou outros três assaltantes na manhã desta terça-feira. Armados com dois fuzis 556 e uma pistola 9 milímetros, os criminosos trocaram tiros com a PM e morreram no pronto-socorro do hospital municipal.
Homens invadem base da PM e fazem cozinheira refém
Nesta manhã, policiais seguiram uma Kombi branca até uma base comunitária da PM, em Biritiba Mirim, na Grande São Paulo. “A gente sabia que a quadrilha havia roubado o veículo. Eles invadiram o destacamento da Polícia Militar”, contou o delegado seccional de Mogi das Cruzes, Marcos Batalha.
Os criminosos invadiram a base da Polícia Militar de Biritiba Mirim e fizeram a cozinheira da unidade refém por quase uma hora após troca de tiros com a polícia. Houve um bloqueio na região, troca de tiros e um policial ficou ferido na perna. Segundo a SSP, ele passa bem.
Feridos, dois criminosos foram presos no prédio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Eles permanecem hospitalizados. Outros dois morreram no confronto.