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PMs acusados por Massacre do Carandiru vão a júri em 2014

Policiais que atuaram no quarto e no quinto pavimentos do Pavilhão 9 vão ao banco dos réus no início do próximo ano

16 out 2013 - 22h25
(atualizado às 22h34)
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A Justiça paulista divulgou nesta quarta-feira as datas dos dois próximos julgamentos dos policiais militares acusados de participação nas mortes de presos no episódio conhecido por Massacre do Carandiru, em outubro de 1992. De acordo com a agenda, eles acontecerão em 17 de fevereiro e 17 de março do próximo ano. Em fevereiro, serão julgados os policiais acusados pela morte de oito presos no quarto pavimento do prédio. Um mês depois, será a vez dos que aturaram no quinto pavimento, em que foram mortos dez detentos.

<a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/massacre-do-carandiru/iframe.htm" href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/massacre-do-carandiru/iframe.htm">veja o infográfico</a>

Em agosto, a Justiça de São Paulo condenou a 624 anos de prisão os 25 policiais militares acusados de atuar no terceiro pavilhão do prédio. Em abril, o primeiro julgamento do caso durou sete dias. Na ocasião, 23 policiais militares acusados de participar da ação foram condenados a 156 anos de prisão. Em todos os casos há a possibilidade de recurso em liberdade.

Ainda resta ser marcado o julgamento do coronel da reserva Luiz Nakaharada, do 3° Batalhão de Choque. Ele é acusado por cinco das 78 mortes ocorridas no terceiro pavimento do prédio.

Massacre do Carandiru

Em 2 de outubro de 1992, uma briga entre presos da Casa de Detenção de São Paulo - o Carandiru - deu início a um tumulto no Pavilhão 9, que culminou com a invasão da Polícia Militar e a morte de 111 detentos. Os policiais são acusados de disparar contra presos que estariam desarmados. A perícia constatou que vários deles receberam tiros pelas costas e na cabeça.

Entre as versões para o início da briga, está a disputa por um varal ou pelo controle de drogas no presídio por dois grupos rivais. Ex-funcionários da Casa de Detenção afirmam que a situação ficou incontrolável e por isso a presença da PM se tornou imprescindível.

A defesa afirma que os policiais militares foram hostilizados e que os presos estavam armados. Já os detentos garantem que atiraram todas as armas brancas pela janela das celas assim que perceberam a invasão. Do total de mortos, 102 presos foram baleados e outros nove morreram em decorrência de ferimentos provocados por armas brancas. De acordo com o relatório da Polícia Militar, 22 policiais ficaram feridos.

Fonte: Terra
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