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PGR rejeita investigar cheques de Queiroz à primeira-dama

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro depositou R$ 72 mil na conta de Michelle Bolsonaro entre 2011 e 2018

10 mai 2021 - 17h20
(atualizado às 17h37)
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Presidente Jair Bolsonaro conversa com procurador-geral da República, Augusto Aras, no Palácio do Planalto
17/04/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Jair Bolsonaro conversa com procurador-geral da República, Augusto Aras, no Palácio do Planalto 17/04/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O procurador-geral da República, Augusto Aras, rejeitou abrir investigação contra o presidente Jair Bolsonaro para apurar se houve crime em razão de depósitos de cheques feitos na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro por Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho primogênito do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), na época em que ele era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), Aras disse que o caso envolvendo Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz já foi alvo de denúncia pelo Ministério Público do Rio e que não houve durante as investigações notícia de crime cometido pelo presidente.

"Inexiste notícia, porém, de que tenham surgido, durante a investigação que precedeu a ação penal em curso, indícios do cometimento de infrações penais pelo presidente da República", disse Aras na manifestação.

"Os fatos noticiados, portanto, isoladamente considerados, são inidôneos, por ora, para ensejar a deflagração de investigação criminal, face à ausência de lastro probatório mínimo", acrescentou.

Aras pediu ao STF que arquive o pedido de apuração apresentado por um advogado.

Queiroz, que chegou a ser preso por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de recursos no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, depositou R$ 72 mil em cheques na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro entre 2011 e 2018 - período em que é suspeito de operar a chamada "rachadinha".

Além dos valores depositados por Queiroz, a mulher do ex-assessor parlamentar também fez repasses, no valor total de 17 mil reais, à Michelle Bolsonaro, em 2011.

Bolsonaro já reconheceu que os cheques depositados por Queiroz na conta da primeira-dama eram para ele próprio, afirmando serem pagamento de um empréstimo que teria feito a Queiroz.

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