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Passe Livre terá impacto de R$ 5,5 bi ao País, diz Renan

11 jul 2013 - 21h00
(atualizado às 21h24)
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira que a concessão de passe livre para todos os estudantes do País vai custar R$ 5,5 bilhões aos cofres públicos. Renan, que é autor do projeto com quase todos os senadores, afirmou, no entanto, que a votação da matéria vai ficar para o segundo semestre.

<a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-metro-onibus-sp/iframe.htm" href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-metro-onibus-sp/iframe.htm">veja o infográfico</a>

Segundo Renan, nesta semana os parlamentares e chefes do Executivo se encontraram com prefeitos de mais de 5 mil cidades brasileiras. Os prefeitos propuseram que o governo usasse os recursos das Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), imposto federal cobrado sobre combustíveis, para custear o subsídio às passagens de transporte coletivo, mas o senador lembrou que a União não está arrecadando com a tarifa, pois a alíquota está zerada.

 

Outra matéria da “agenda positiva”, que foi definida após a onda de manifestações que tomaram conta do País, é a que extingue o foro privilegiado para deputados e senadores. Esta matéria também só será votada em agosto, segundo Renan.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas. 

Fonte: Terra
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