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Marcha para Jesus pede o fim da corrupção no País

Mais de 300 mil fiéis acompanham a marcha em São Paulo, segundo a Polícia Militar; evento é organizado pela Renascer

4 jun 2015 - 13h32
(atualizado às 17h34)
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Multidão acompanhe carro de som durante a 23ª edição da Marcha para Jesus, na capital paulista
Multidão acompanhe carro de som durante a 23ª edição da Marcha para Jesus, na capital paulista
Foto: Leonardo Benassatto / Futura Press

A 23ª edição da Marcha para Jesus, que acontece nesta quinta-feira em São Paulo, começou com pedidos pelo fim “prostituição, da corrupção e da miséria” no Brasil. O evento, que reúne milhares de fiéis em passeata pelo centro da capital, é organizado pela igreja Renascer em Cristo e tem o apoio de outras igrejas evangélicas neopentecostais.

Do alto de um trio elétrico, o autointitulado apóstolo Estevam Hernandes, líder da Renascer, disse que o Brasil é “o maior País evangélico da Terra” e afirmou que a marcha reuniu um público inédito. “São Paulo nunca viu uma multidão como esta.” 

De acordo com balanço da Polícia Militar divulgado às 13h, 300 mil pessoas participam da marcha – que saiu da estação da Luz, no centro – e outras 40 mil já acompanham shows na Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, próximo ao Campo de Marte. 

Apesar das menções à corrupção, Hernandes disse que não falaria de política. “Nós não viemos aqui para falar de política. Nós viemos aqui por Jesus”, disse. Ao lado dele estava o cantor e senador Magno Malta (PR-ES).

Na 23ª edição da Marcha para Jesus, fieis pedem fim da prostituição, corrupção, miséria no Brasil.
Na 23ª edição da Marcha para Jesus, fieis pedem fim da prostituição, corrupção, miséria no Brasil.
Foto: Débora Melo / Terra

Hernandes e sua mulher, a bispa Sônia, chegaram a ser denunciados por suposta prática de lavagem de dinheiro, mas a ação penal foi arquivada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2012. O casal foi acusado de comandar uma organização criminosa e usar a estrutura da igreja para lavar o dinheiro. A denúncia apontava, ainda, que eles arrecadavam grande volume de dinheiro dos fiéis, que eram "ludibriados".

A Marcha para Jesus também reuniu movimentos que defendem uma intervenção militar no País, como o SOS Forças Armadas. O grupo, que participou dos protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), chegou a publicar um vídeo nas redes sociais convocando para a marcha. "Não estamos pegando carona no evento de ninguém, fomos convidados, com muita honra", pediu Cristina Peviani, uma das integrantes do SOS.

Histórias

A esteticista Tais Amanda Moraes Silva, 28 anos, conta que foi à marcha pedir a "libertação" do irmão, que é usuário de drogas e está desaparecido há sete meses. "Nesta semana fui chamada pra fazer o reconhecimento de um corpo no IML, que estava com o RG do meu irmão. Não era ele, e eu creio que ele vai aparecer", disse Tais, que levou os três filhos ao evento.

A esteticista Tais Amanda Moraes Silva, 28 anos, conta que foi à marcha pedir aa "libertação" do irmão, que é usuário de drogas e está desaparecido há sete meses.
A esteticista Tais Amanda Moraes Silva, 28 anos, conta que foi à marcha pedir aa "libertação" do irmão, que é usuário de drogas e está desaparecido há sete meses.
Foto: Débora Melo / Terra

O representante comercial Reinaldo Sanches, 34 anos, conta que vai se casar com a enfermeira Valdirene Freitas, 33, na próxima semana. O casal foi à marcha para agradecer a conquista da casa própria. "Na marcha passada pedimos a casa. Agora estamos aqui de novo para agradecer", disse Sanches.

O casal veio à marcha para agradecer a conquista da casa própria. "Na marcha passada pedimos a casa. Agora estamos aqui de novo para agradecer"
O casal veio à marcha para agradecer a conquista da casa própria. "Na marcha passada pedimos a casa. Agora estamos aqui de novo para agradecer"
Foto: Débora Melo / Terra

Sem cerveja

A Marcha para Jesus pode ser descrita como uma balada familiar, na qual músicas de temática gospel são cantadas – e dançadas – ao ritmo de pop, eletrônico e até reggae. Para embalar o público, água e refrigerante: ninguém vende cerveja.

“Geralmente o pessoal que frequenta a igreja não bebe, né?”, disse o ambulante Pedro Monteiro, 22 anos. Ele conta que o dinheiro arrecadado com a venda de bebidas será usado para custear as despesas de um congresso de jovens da Assembleia de Deus, em julho.

Na Marcha para Jesus, apenas água e refrigerante
Na Marcha para Jesus, apenas água e refrigerante
Foto: Débora Melo / Terra

Outro ambulante, que não quis se identificar, disse que a venda de bebidas alcoólicas é proibida na Marcha para Jesus. “Ninguém bebe, mas também nem pode (vender). Se a fiscalização pega, embaça”, conta.

A previsão é que o evento seja encerrado às 22h.

Fonte: Terra
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