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Itamaraty intercede e pede liberdade de brasileira presa na Rússia

Ativistas de do Greenpeace vão ser indiciados por pirataria na quarta

1 out 2013 - 15h31
(atualizado às 19h59)
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A brasileira Ana Paula Maciel foi presa em protesto na Rússia
A brasileira Ana Paula Maciel foi presa em protesto na Rússia
Foto: Nick Cobbing/Greenpeace / Divulgação

O Ministério das Relações Exteriores afirmou nesta terça-feira que o governo brasileiro instruiu o embaixador do País em Moscou, Fernando Barreto, a assinar uma “carta de garantia” pela ativista brasileira do Greenpeace presa na Rússia, a bióloga Ana Paula Maciel. Pelo documento, o governo brasileiro pede que a ativista aguarde as investigações em liberdade. O pedido, feito por recomendação do ministro Luiz Alberto Figueiredo, garante às autoridades russas que ela terá bom comportamento e que se apresentará à Justiça enquanto for requisitada. 

A brasileira faz parte do grupo de 30 pessoas que estão presas provisoriamente desde o último dia 19, após um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico.

Os 30 ativistas vão ser indiciados nesta quarta-feira por pirataria, informou a agência Interfax, citando uma fonte da polícia. Na Rússia, o delito de prática de pirataria pode ser punido com até 15 anos de prisão.

Um porta-voz do Comitê de Investigação (CI) confirmou à AFP que os ativistas serão indiciados, mas se negou a dar detalhes sobre as acusações.

Mais cedo, a chefe de uma comissão de vigilância penitenciária informou que os ativistas estão praticamente em estado de choque por causa de sua situação.

"Muitos deles estão quase em estado de choque. Não entendem do que são acusados", declarou à AFP Irina Païkatcheva, que visitou os militantes em prisão preventiva em Murmansk.

"Não podiam imaginar estas consequências depois de uma ação pacífica em um país democrático", explicou Païkatcheva.

Os 30 ativistas que participaram da ação - 26 estrangeiros e quatro russos - foram colocados em prisão preventiva até 24 de novembro sob acusação de "pirataria", um delito que pode valer até 15 anos de prisão.

O barco do grupo, o Arctic Sunrise, foi interceptado em 19 de setembro por um grupo da guarda costeira russa e rebocado para Murmansk.

Os tripulantes do barco tentavam abordar uma plataforma da empresa Gazprom no Ártico para protestar contra os projetos de extração de petróleo na região.

Em nota, o Greenpeace afirmou que o Comitê de Investigação russo disse que, nesta quarta-feira, serão apresentadas acusações formais às ativistas Dima Litvinov, dos Estados Unidos, e Sini Saarela, da Finlândia.

“Não recebemos qualquer informação oficial sobre o conteúdo dessas acusações”, afirmou Ben Ayliffe, coordenador da campanha do Ártico do Greenpeace Internacional, rechaçando a hipótese de pirataria. “Qualquer acusação de pirataria contra protestos pacíficos é absurda e não tem mérito algum nas leis russas ou internacionais. Os ativistas agiram pacificamente contra os riscos de exploração de petróleo no Ártico pela empresa Gazprom”, disse Ayliffe na nota divulgada pela ONG.

Com informações da AFP

Fonte: Terra
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