Garimpos subterrâneos são usados para burlar fiscalização na Amazônia, descobre PF
Um dos garimpos subterrâneos tinha 70 metros de profundidade -- o que pode ser equiparado à altura de um prédio de 23 andares
A Polícia Federal encontrou e destruiu quatro garimpos subterrâneos, localizados na cidade de Maués, no interior do Amazonas, que desembocam em um grande garimpo principal. Segundo reportagem do Jornal Nacional, da Globo, garimpeiros ilegais de ouro estão construindo uma rede de túneis na região para burlar a fiscalização.
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Um dos garimpos subterrâneos tinha 70 metros de profundidade -- o que pode ser equiparado à altura de um prédio de 23 andares. Ao descer nos túneis, a PF descobriu galerias que formam corredores debaixo da terra. Cada corredor termina em um ponto de garimpo de ouro.
Explosivista da PF, André Toledo explica à reportagem que as estruturas subterrâneas correm risco de colapso, podendo o teto ceder sobre quem estiver dentro. Entre os trabalhadores, inclusive, a operação encontrou 50 homens em condições análogas à escravidão.
A operação foi realizada em conjunto pela PF, Polícia Rodoviária Federal, ICMBio e Ministério Público do Trabalho.
Ainda de acordo com a PF, em um dos garimpos encontrados, semanalmente eram retirados cerca de 8 kg de ouro. Essa quantidade equivale a R$ 3,2 milhões.
No ano passado, na mesma região, outros cinco garimpos subterrâneos foram localizados e destruídos. Ao construir as estruturas debaixo da terra, os garimpeiros ilegais tentam se esconder da fiscalização feita por satélite.