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Funcionários dos Correios encerram greve no Rio e em parte de SP

13 set 2013 - 22h18
(atualizado às 22h18)
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<p>Trabalhadores&nbsp;aceitaram a proposta da Empresa de Correios e Tel&eacute;grafos (ECT) e retornar&atilde;o ao trabalho</p>
Trabalhadores aceitaram a proposta da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e retornarão ao trabalho
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

A greve dos trabalhadores dos Correios foi encerrada na noite desta sexta-feira no Rio de Janeiro e em parte do Estado de São Paulo. Os funcionários ligados à Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) aceitaram a proposta da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e retornarão ao trabalho.

A estatal aumentou a proposta para 8% para que a categoria terminasse a greve imediatamente. Antes, a ECT tinha oferecido 5,27% de reajuste e os servidores pediam 6,27% de aumento salarial na data-base, além de benefícios como o plano de saúde da empresa, que poderia ser terceirizado. A ECT concordou com as reivindicações dos trabalhadores e ofereceu um vale-refeição extra no final do ano, no valor de R$ 650,65, e um vale-cultura de R$ 50 por mês.

Reunidos desde o fim da tarde de hoje para votar a proposta dos Correios, os sindicatos ligados à Findect “caminham para uma aprovação”, de acordo com vice-presidente da federação, Luiz Alberto Bataiola. A Findect representa os sindicatos dos Estados do Tocantins, Rio de Janeiro, de Rondônia, além das cidades paulistas. Bataiola informou que o sindicato de São Paulo (capital) aprovou a proposta e, de acordo com ele, as decisões tomada em São Paulo costumam repercutir nos demais sindicatos membros da federação.

Em São Paulo, na Grande São Paulo, em Sorocaba e em Bauru, localidades em que os sindicatos são ligados à Findect, a paralisação foi encerrada no início da noite de hoje. A informação foi confirmada pelo diretor do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios e Similares de São Paulo, Região da Grande São Paulo e Zona Postal de Sorocaba, Wagner Nascimento Guiné.

No Rio, antes da assembleia, cerca de 300 servidores dos Correios fizeram uma caminhada da Candelária até a Cinelândia, no centro da capital fluminense, onde foi analisada a proposta da empresa. De acordo com o presidente regional do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios, Telégrafos e Similares do Rio (Sintect-RJ), Ronaldo Martins, o reajuste dos trabalhadores foi uma vitória. "A gente conseguiu a garantia e a manutenção do plano de saúde e aumento real de 1,67%. Dentro da estrutura do que vem ocorrendo com outras categorias, foi um avanço o ganho real de salário", comemorou.

Mesmo confirmando-se a aceitação da proposta, a greve não termina completamente. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) reúne 29 dos 35 sindicatos que representam trabalhadores da estatal e se mostrou contrária aos reajustes apresentados pela empresa. O Comando Nacional de Negociações da Fentect anunciou ser contra a aceitação da proposta. Segundo o diretor da Fentect, James Magalhães, “um informe foi enviado para orientar a base pela rejeição” na consulta prevista para o próximo dia 17.

Os Correios ainda não se manifestaram sobre o final da greve. A estatal informou mais cedo que, ontem, no primeiro dia de greve, 78% das cargas (22,8 milhões de cartas e encomendas) foram entregues em dia. Os 20% restantes representam “possibilidade de atraso ou encaminhamento mais lento”, mas, em geral, “não resultam em atrasos significativos”. Nos primeiros dias das greves anteriores, isso equivalia a atraso de até um dia, informou a estatal.

Para evitar problemas com as cargas, os Correios adotaram medidas como deslocamento de funcionários, pagamento de horas extras, contratação temporária de servidores e mutirões para entregas nos fins de semana.

Agência Brasil Agência Brasil
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