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Famílias fazem fila no IML do Rio em busca de respostas após operação policial

30 out 2025 - 16h01
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Famílias fizeram fila no Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro nesta quinta-feira para identificar parentes mortos na operação policial mais letal da história do Brasil, e começaram a ser realizados os funerais de quatro policiais que morreram durante a operação.

As autoridades informaram que pelo menos 121 pessoas, incluindo os policiais, morreram nas incursões de terça-feira contra a facção criminosa Comando Vermelho, que controla o tráfico de drogas em várias favelas da cidade.

Muitos dos corpos dos mortos foram retirados por moradores de uma área de mata próxima à favela da Penha na noite de terça-feira.

Na manhã de quinta-feira, mais de 100 corpos ainda aguardavam autópsias ou identificação no IML. Os parentes ficaram do lado de fora, olhando através da cerca e esperando por novidades.

Alguns moradores locais disseram ter encontrado cadáveres com membros amarrados e sinais de tortura, provocando protestos e reações políticas negativas em um país onde a polícia matou mais de 6.000 pessoas no ano passado, de acordo com dados do governo.

Victor Santos, secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, disse nesta quinta-feira não acreditar em má conduta dos policiais na operação, mas afirmou que, caso tenha ocorrido, será investigada.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), considerou a operação um sucesso e disse que as "únicas vítimas" foram os policiais mortos. Todos os outros mortos eram criminosos, disse ele.

Castro deve se reunir nesta quinta-feira com vários governadores de direita, que viajaram ao Rio para demonstrar apoio.

LULA PROMETE COMBATER O CRIME ORGANIZADO

Um grupo de parlamentares de esquerda, liderado pela deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), visitou o bairro da Penha para se reunir e conversar com os moradores locais.

"(Vamos) acompanhar de perto a situação após mais uma chacina nas favelas", disse ela nas redes sociais, pedindo "verdade, justiça e responsabilização diante de mais uma operação marcada por violações de direitos".

As autoridades das Nações Unidas criticaram as pesadas baixas da operação de estilo militar e disseram que deveria haver uma investigação.

Santos disse que não há conexão entre as invasões e os eventos globais que o Rio sediará na próxima semana, ligados às negociações climáticas da COP30 da ONU, incluindo a cúpula C40 de prefeitos que tratam do aquecimento global e o Prêmio Earthshot, do príncipe britânico William.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu um trabalho coordenado que atinja o crime organizado sem colocar em risco a polícia e famílias inocentes.

Na quinta-feira, ele sancionou um projeto de lei que visa aumentar a proteção dos funcionários públicos envolvidos no combate ao crime organizado.

"O governo do Brasil não tolera as organizações criminosas e atua para combatê-las com cada vez mais vigor", escreveu ele nas redes sociais.

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