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Evo Morales diz que Brasil deve mandar senador de volta à Bolívia

28 ago 2013 - 15h33
(atualizado às 15h47)
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O presidente boliviano, Evo Morales, disse nesta quarta-feira, em entrevista coletiva no palácio do governo, que o Brasil precisa explicar a fuga do senador Roger Pinto Molina, que estava asilado, por vontade própria, na embaixada brasileira em La Paz, e deveria mandá-lo de volta a seu país para responder na Justiça a várias acusações de corrupção. Na entrevista, Morales ratificou a decisão de lutar contra a corrupção pública e ressaltou que, conforme acordos internacionais, "devolver" o senador à Bolívia "seria a melhor forma de contribuir com esta luta".

Morales disse que espera uma resposta oficial do governo brasileiro à nota oficial enviada pela chancelaria boliviana. Ele também denunciou a ação de grupos conservadores do Brasil, que, segundo ele, querem o enfrentamento entre os governos boliviano e brasileiro. "Querem criar desconfiança", disse.

De acordo com o presidente, a vida do senador nunca esteve em perigo na Bolívia. Se quisesse, Pinto Molina poderia, inclusive, se deslocar por qualquer região boliviana, embora estivesse proibido de viajar ao exterior, afirmou Morales.

O senador deixou a embaixada brasileira, onde passou cerca de um ano e meio, na última sexta-feira, com o apoio do encarregado de Negócios (equivalente a embaixador provisório) do Brasil na Bolívia, Eduardo Saboia, que assumiu a responsabilidade pela operação. 

Fuga de senador derruba ministro

O Palácio do Planalto divulgou na segunda-feira que aceitou o pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores (Itamaraty), Antonio Patriota. Desgastado pela crise diplomática desencadeada pela fuga do senador boliviano ao Brasil, Patriota foi substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado, representante do Brasil junto à ONU.

Em comunicado lido pelo porta-voz Thomas Traumann, a Presidência afirmou que Dilma agradeceu a "dedicação e o empenho" de Patriota nos últimos dois anos em que ocupou o cargo, e informou que a presidente indicou-o para assumir a missão brasileira na ONU.

Agência Brasil Agência Brasil
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