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Embaixador da China não vê perspectiva de atraso em entrega de insumo para CoronaVac, diz Doria

7 abr 2021 - 11h21
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quarta-feira que, em conversa telefônica na véspera, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, lhe disse que não há perspectiva de atraso nos embarques do insumo farmacêutico ativo (IFA) da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac que está sendo envasada no Brasil pelo Instituto Butantan.

Carregamento de insumos da CoronaVac chega a São Paulo no início de março
04/03/2021
REUTERS/Carla Carniel
Carregamento de insumos da CoronaVac chega a São Paulo no início de março 04/03/2021 REUTERS/Carla Carniel
Foto: Reuters

Em entrevista coletiva na sede do instituto vinculado ao governo paulista, onde acompanhou a entrega de uma nova remessa de 1 milhão de doses da CoronaVac ao Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Doria disse que o diplomata se comprometeu a confirmar a informação com as autoridades do governo da China em Pequim, mas que se mostrou otimista com a manutenção dos envios.

"O embaixador disse que falaria ontem mesmo com a chancelaria em Pequim e que ele não via nenhuma perspectiva de haver retardo no embarque dos insumos para a vacina do Butantan", disse Doria.

"Ele antecipou --embora com a responsabilidade de checar com a chancelaria em Pequim-- que não havia nenhuma razão para o retardamento ou dificuldades para embarque do IFA para a vacina do Butantan. Mas entre hoje e amanhã, portanto entre quarta e quinta-feira, ele daria uma posição definitiva após ouvir a chancelaria, as autoridades de seu governo em Pequim", afirmou.

Na semana passada, o Butantan manifestou preocupação com a previsão de entregas de doses da CoronaVac ao PNI em abril, citando uma decisão do governo da China de acelerar a vacinação dentro do país, o que poderia impactar no envio do IFA ao Brasil. O instituto, ao mesmo tempo, afirmou que está assegurado o cumprimento da primeira parte do contrato que prevê a entrega de um total de 46 milhões de doses até o final deste mês.

Na coletiva desta quarta, Doria reiterou o cumprimento desta primeira etapa do acordo, assim como da segunda, que prevê a entrega de mais 54 milhões de doses, totalizando 100 milhões até setembro, mas que o instituto promete antecipar para o fim de agosto.

Com a entrega da remessa de 1 milhão de doses da CoronaVac ao PNI nesta quarta, o Butantan chegou a 38,2 milhões de doses entregues à campanha nacional de vacinação contra a Covid-19.

A CoronaVac, que começou a ser aplicada no Brasil em 17 de janeiro após autorização para uso emergencial dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responde pela esmagadora maioria das vacinas contra Covid-19 aplicadas até agora no Brasil. Além do imunizante chinês, o PNI conta com a vacina da AstraZeneca com a Universidade de Oxford, mas ainda em quantidades bem inferiores.

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