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Tragédia em Santa Maria

Foto de feridos em incêndio reunidos em hospital faz sucesso na web

Pelo menos 18 sobreviventes do incêndio na boate Kiss, ocorrido no final de janeiro, permanecem internados em Santa Maria (RS)

9 fev 2013 - 13h10
(atualizado às 15h44)
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Imagem publicada na sexta-feira na rede social mostra o encontro dos sobreviventes no hospital de Santa Maria
Imagem publicada na sexta-feira na rede social mostra o encontro dos sobreviventes no hospital de Santa Maria
Foto: Reprodução

Uma imagem feita na sexta-feira nos corredores do Hospital de Caridade de Santa Maria (RS) mostra os feridos no incêndio na boate Kiss que continuam internados na unidade. A foto do encontro dos sobreviventes foi compartilhada por mais de 3,3 mil pessoas até o começo da tarde deste sábado.

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Segundo levantamento divulgado neste sábado pela Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) do Ministério da Saúde, 18 pacientes permanecem internados em Santa Maria. O incêndio na madrugada do dia 27 de janeiro matou 238 pessoas.

 

Várias pessoas publicaram mensagens de incentivo aos jovens que permanecem internados. "Juventude valorosa, torcemos por vocês, hoje no corredor amanhã aqui fora", escreveu uma usuária do Facebook. "Sem explicação, um arrepio da cabeça aos pés... nossa galera, falta poucoo", publicou outra internauta.

 

Incêndio na Boate Kiss

Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada do dia 27 de janeiro, em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo tenha iniciado com um artefato pirotécnico lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.

Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou, foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate, e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.

A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos. A tragédia gerou uma onda de solidariedade tanto no Brasil quanto no exterior.

Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa Maria e da região metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados com apoio de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira). O Ministério da Saúde, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma grande operação de atendimento às vítimas.

Na segunda-feira, quatro pessoas foram presas temporariamente - dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a Polícia Civil investigava documentos e alvarás, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros divergiam sobre a responsabilidade de fiscalização da casa noturna.

A tragédia fez com que várias cidades do País realizassem varreduras em boates contra falhas de segurança, e vários estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 municípios do Rio Grande do Sul cancelaram a programação de Carnaval devido ao incêndio.

Fonte: Terra
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