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Supremo encerra expediente por causa de manifestações

20 jun 2013 - 17h20
(atualizado às 17h55)
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O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou mais cedo o expediente devido às manifestações programadas para a tarde desta quinta-feira. Os servidores foram orientados a deixar o complexo da Corte às 17h, diante do aviso da Polícia Militar de que o prédio será cercado pela cavalaria e homens do batalhão.

No ofício, o diretor-geral da Secretaria do STF, Miguel Augusto Fonseca de Campos, afirma que a ordem para evacuar o prédio foi dada pelo presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa, que inclusive deixou a sessão desta tarde mais cedo.

“O diretor-geral da Secretaria do Supremo Tribunal Federal, de ordem do excelentíssimo presidente, em face das manifestações programadas para esta data, na Esplanada dos Ministérios, comunica a todos os servidores que o expediente encerrar-se-á as 17h”, afirma o comunicado.

Nos ministérios o quadro se repete. Alguns funcionários estão correndo para pegar os ônibus antes que as vias da Esplanada dos Ministérios fechem. Outros estão parados esperando a manifestação para juntar-se aos protestos.

A Polícia Militar estima que 50 mil pessoas devem ocupar a área para pedir a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Copa, para investigar os gastos com o evento, possíveis superfaturamentos e transgressões com a venda de ingressos; apoiar a tramitação do Projeto de Lei (PL) 5500/2013, para a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação; e apoiar a discussão sobre as propostas de Emenda à Constituição (PECs) 37 e 33 (que limita os poderes do Supremo).

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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Fonte: Terra
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