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SP: Santos amanhece embaixo d'água após chuva e com lixo pelas ruas em meio a greve

Cidade do litoral paulista está em observação; noite e madrugada tiveram acumulado de 97,8 milímetros

7 ago 2025 - 09h58
(atualizado em 7/8/2025 às 08h11)
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Resumo
Chuvas intensas causaram alagamentos em Santos (SP), agravados por canais obstruídos e greve da limpeza urbana; uma frente fria deve trazer queda de temperatura para várias regiões do Brasil.
Fortes chuvas atingem Baixada Santista (SP) e causam transtornos:

As ruas de Santos, no litoral de São Paulo, amanheceram debaixo d’água nesta quarta-feira, 6. Ruas e avenidas ficaram alagadas após a forte chuva que atingiu o município durante a noite e a madrugada, causando transtornos aos moradores. Os alagamentos foram registrados em diversos bairros, incluindo o Marapé, Gonzaga, Pompéia, Embaré, e Ponta da Praia. Nas avenidas que contornam a praia, o trânsito se intensificou nesta manhã, principalmente no sentido São Vicente.

Na última semana, a alta da maré causou o assoreamento dos canais da cidade, que ficaram cheios de areia levada pelo mar. Os canais servem como um sistema de drenagem, mas tiveram o fluxo totalmente interrompido. Apesar dos trabalhos realizados pela prefeitura para retirar a areia desses locais, a chuva desta quarta-feira contribuiu para a cheia dos canais e, consequentemente, para os alagamentos nas ruas.

Alagamento deixou ruas submersas em Santos na manhã desta quarta-feira, 6
Alagamento deixou ruas submersas em Santos na manhã desta quarta-feira, 6
Foto: Marcela Ferreira/Terra

Outro problema foi o lixo espalhado pelas ruas durante a enchente. O serviço de coleta de lixo da cidade foi paralisado devido à greve da limpeza urbana em seis cidades da Baixada Santista. A greve completou uma semana nesta terça-feira, 5, causando um grande acúmulo de lixo pelas ruas da cidade. Os trabalhadores de empresas terceirizadas exigem aumento de 7% nos salários e benefícios, mas ainda não chegaram a um acordo.

O que diz a prefeitura

Ao Terra, a Prefeitura de Santos informou que choveu 124 mm desde a madrugada até as 16h desta quarta-feira - medidor do Morro do São Bento - segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Este é um dos maiores índices de todo o estado de São Paulo no período e supera, em menos de 24 horas, a média histórica de chuvas na Cidade para todo o mês de agosto, que é de 122,4 mm, segundo a Defesa Civil de Santos. 

De acordo com o Plano Municipal de Contingência para Ressacas e Inundações, o estado é de atenção na região da orla e nos morros. Já na região do estuário é de alerta. As recomendações da Defesa Civil incluem não entrar em áreas alagadas, buscar abrigo em momentos de tempestade e não enfrentar alagamentos ao transitar com um veículo. A Defesa Civil pode ser acionada pelo número 199.

A prefeitura também afirmou que mobilizou mais de 500 funcionários da limpeza urbana para realizar os trabalhos de drenagem urbana e serviços complementares, além de 12 caminhões. A coleta de lixo também voltou ao normal na cidade, após o fim da greve, segundo a prefeitura.

O município também informou que não há mais assoreamento nos canais de Santos. Foi realizada uma operação emergencial para retirar a areia, e somente no Canal 3, na Avenida Washington Luiz, cerca de 960 toneladas de areia foram retiradas.

As aulas não foram suspensas e as escolas permaneceram abertas, mas estudantes, professores e funcionários encontraram dificuldades para chegar às unidades, principalmente no período da manhã.

Outras cidades

Em São Vicente e Guarujá, foram registrados pontos com alagamentos na manhã desta quarta-feira, 6.

Em nota, a Prefeitura de São Vicente informou que nas últimas 24 horas foi contabilizado volume de chuva de 23,2 mm, até às 6h desta quarta. Até o momento, nenhum órgão municipal foi acionado para ocorrências relacionadas às chuvas. A Defesa Civil monitora os pontos mais críticos. Já a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) informou que há pontos de alagamentos transitáveis nos seguintes endereços:

  • Av. Mal Deodoro próximo à Rua José Gonçalves da Mota Júnior
  • Av. Martins Fontes próximo à Rua XV de Novembro (sentido praia)
  • Rua Mascarenhas de Moraes prox. à Rua Monte Castelo
  • Rua Frei Gaspar x Av. Eduardo Souto
  • Av. Augusto Severo x Rua Machado de Assis
  • Av. Augusto Severo x Av. Senador Salgado Filho
  • Av. Nações Unidas (viaduto Mario Covas)

Já em Guarujá, a Defesa Civil municipal informou que, nas últimas 12 horas, foi registrado um acumulado de 86,9 mm de chuvas. O Município encontra-se em estado de atenção. Não houve o registro de deslizamentos nos morros, mas várias ruas ficaram alagadas pelo município, que não informou os pontos.

Previsão do tempo

A passagem de uma frente fria pelo litoral paulista, associada a um ciclone extratropical, tem provocado chuva e queda na temperatura da região da Baixada Santista. Segundo a Climatempo, o Sul e o Sudeste devem enfrentar mudanças no tempo entre quinta-feira, 7, e sexta, 8. Após a frente fria, uma massa de ar polar continental avança sobre o País.

Em Santos, a maré em torno das 13 horas desta quarta era de 1,4 metro a 1,7 metro, com ondas de 1,2 metro a 1,7 metro. Os próximos dias continuarão com a maré elevada podendo ultrapassar até 2 metros.  Nesta quinta-feira, 7, a previsão será de sol entre nuvens, com temperaturas mínimas de 16°. Já na sexta-feira, 8, nova frente fria deve avançar trazendo pancadas de chuva durante o dia. Para sábado, 9, a previsão é de chuvas durante todo o dia, com intensidade variando de fraca a moderada. 

Com relação ao nível do mar na cidade do litoral paulista, a maré poderá alcançar 1,9m em toda a região de orla da Baixada Santista e 2,2m no interior do estuário de Santos, com altura máxima prevista para sábado às 15h, representando aumento de até 40cm em relação à tábua de marés. 

As temperaturas também devem cair no Sul, Sudeste, Centro-Oeste e parte do Norte do Brasil. "As temperaturas já devem começar a cair no Sul ao longo da sexta-feira, conforme o ar polar entra no País - com a sensação de frio aumentando durante o fim de tarde e principalmente à noite nos três Estados (Paraná, Santa Cataria e Rio Grande do Sul) ", afirma a Climatempo.

Essa pode ser a 5ª onda de frio no País, considerando o período de 9 a 13 de agosto. "Este ar polar pode provocar uma queda mais significativa, com condições para geada ampla nos Estados do Sul e em Mato Grosso do Sul, não descartando o fenômeno em áreas de São Paulo e do extremo sul de Minas Gerais.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

Fonte: Redação Terra
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