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SP: haitianos desembarcam em meio à greve no metrô

Desempregados e sem falar português, eles contaram que vieram de Rio Branco, no Acre, em busca de trabalho

5 jun 2014 - 14h47
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Um grupo de 44 haitianos não poderia ter escolhido data mais inglória para chegar a São Paulo em busca de trabalho: o desembarque aconteceu nesta quinta-feira, no Terminal Rodoviário da Barra Funda, na zona oeste, em plena greve do metrô
Um grupo de 44 haitianos não poderia ter escolhido data mais inglória para chegar a São Paulo em busca de trabalho: o desembarque aconteceu nesta quinta-feira, no Terminal Rodoviário da Barra Funda, na zona oeste, em plena greve do metrô
Foto: Bruno Santos / Terra

Um grupo de 44 haitianos não poderia ter escolhido data mais inglória para chegar a São Paulo em busca de trabalho: o desembarque aconteceu nesta quinta-feira, no Terminal Rodoviário da Barra Funda, na zona oeste, em plena greve do metrô. Desempregados e sem falar português, eles contaram que vieram de Rio Branco, no Acre, em busca de trabalho. Na Barra Funda, se depararam com os portões do metrô trancados por conta da paralisação.

Edwens Noel, 28 anos, foi informado pela reportagem sobre a greve enquanto procurava por onde deixar o terminal. Indagou o motivo da ação dos metroviários, e, ao saber que era por melhorias salariais, definiu: “Se a pessoa trabalha muito e não consegue fazer dinheiro com isso, enquanto uns poucos fazem muito dinheiro, não deixa de se submeter a uma forma de escravização”, disse.

No Haiti, contou, fez apenas ensino médio e não conseguiu cursar o superior, “porque não tinha dinheiro”. “Meus pais vivem legalmente em Miami desde 1993. Vim com meus amigos para São Paulo porque, em todo o Brasil, achamos ainda que é a cidade com mais oportunidades de trabalho. Aqui ainda é melhor nisso”, constatou.

Amigo de Noel, o também haitiano e desempregado Eushenither Merilien, 20 anos, seguiria viagem para Campinas. O objetivo é semelhante ao do compatriota: “Vou procurar trabalho. No Haiti eu era estudante, e em Campinas tenho dois sobrinhos que já moram lá”, contou.

Parte do grupo seguiria para o Paraná. Antes, porém, os haitianos rumariam à sede da Polícia Federal, na Lapa de Baixo. Para chegar ao endereço, anotado em um papel, eles tomariam trens, que não aderiram à greve de hoje.

Fonte: Terra
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