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Sobe para 60 o número de mortos no desastre em Brumadinho

Novo balanço diz ainda que há 292 desaparecidos, 192 resgatados e 382 pessoas localizadas; entre os mortos, 19 foram identificados

28 jan 2019 - 11h01
(atualizado às 11h15)
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SÃO PAULO - Um novo boletim sobre as vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho foi divulgado por volta das 10h30 desta segunda-feira, 28. De acordo com o levantamento, o número de mortos subiu para 60, dos quais 19 foram identificados.

O balanço informa ainda que há 292 pessoas desaparecidas e 382 pessoas foram localizadas. Até o momento, 192 pessoas foram resgatadas.

Os dados são da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das polícias militar e civil.

Bombeiros de helicóptero e equipes em terra estão trabalhando no limite no resgate de corpos das vítimas na região de Tejuco, em Brumadinho, Minas Gerais
Bombeiros de helicóptero e equipes em terra estão trabalhando no limite no resgate de corpos das vítimas na região de Tejuco, em Brumadinho, Minas Gerais
Foto: CADU ROLIM/FOTOARENA / Estadão Conteúdo

Entenda o desastre

A barragem da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, localizada em Brumadinho, se rompeu na tarde de sexta-feira, 25, deixando mortos, feridos e desaparecidos.

A onda de rejeitos de minério de ferro atingiu a área administrativa da empresa e a comunidade da Vila Ferteco. O rompimento ocorreu na Barragem 1, que foi construída em 1976 e tem volume de 12,7 milhões de m³. Segundo a Vale, a barragem tinha encerrado as atividades há cerca de três anos, pois o beneficiamento do minério na unidade é feito à seco.

Vítimas

No dia do desastre, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, disse que os funcionários seriam os mais afetados. Ele informou que cerca de 300 funcionários estavam no prédio administrativo e no restaurante da empresa, mas que 100 já tinham feito contato.

A primeira vítima identificada foi a médica do trabalho Marcelle Porto Cangussu, de 35 anos. Ela trabalhava na Vale desde 2015.

Causas

Ainda não se sabe o que causou o rompimento da barreira. Uma vistoria realizada em dezembro não apontou problemas em sua estrutura e a barragem era considerada de "risco baixo".

Ajuda de Israel

Um grupo formado por 136 militares israelenses vai auxiliar nas buscas por vítimas do desastre. Especializada em resgate durante catástrofes com uso de sonares, a equipe vai trazer material eletrônico e de escavação. Cães farejadores também acompanham o grupo.

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