PUBLICIDADE

Rio: movimentos sociais protestam contra 'privatização da cidade'

1 mai 2013 - 18h44
(atualizado às 18h54)
Compartilhar
Exibir comentários
Pelo menos 300 pessoas se reuniram nesta quarta-feira na Tijuca para protestar contra o que consideram uma 'privatização' da cidade do Rio de Janeiro
Pelo menos 300 pessoas se reuniram nesta quarta-feira na Tijuca para protestar contra o que consideram uma 'privatização' da cidade do Rio de Janeiro
Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

Pelo menos 300 pessoas, segundo estimativa feita por guardas municipais que estavam no local, se reuniram nesta quarta-feira na Tijuca, na zona norte, para protestar contra decisões do governo do Rio de Janeiro relativas aos eventos esportivos que a cidade sediará até 2016. Dentre essas decisões estão a concessão do estádio do Maracanã à iniciativa privada, e a reintegração de posse do prédio do antigo Museu do Índio.

Os manifestantes se reuniram na praça Afonso Pena e caminharam pelas ruas do bairro até a entrada principal do estádio. No grupo, havia militantes de partidos de esquerda, representantes de movimentos sociais, do movimento estudantil e de sindicatos. Com um carro de som, líderes de cada organização participante do protesto criticaram o que chamaram de "privatização da cidade".

"Somos contra as privatizações do patrimônio artístico, cultural e esportivo. A cidade está à venda. O Maracanã deveria ser popular, com ingressos a preços populares", criticou Roberto Morales, do Comitê Popular da Copa do Mundo e Olímpiadas, que declarou ser contra a demolição do Parque Aquático Julio Delamare, do Estádio de Atletismo Célio de Barros e da Escola Friendenreich, construções vizinhas ao estádio, que cederiam lugar ao novo complexo esportivo e se tornaram objeto de disputa judicial.

Pessoas de todas as idades participaram da manifestação. A musicoterapeuta Julia Neves, de 28 anos, foi com a mãe e o padrasto e levou o filho Miguel, de 4 anos, para acompanhar o protesto, que transcorreu de forma pacífica. "Sou de um movimento social ligado à saúde mental, e, desde que (Miguel) nasceu, o levo ao Grito dos Excluídos (manifestação que se realiza todos os anos no dia 7 de setembro)". Para Julia, as decisões que têm sido tomadas no Estado precisam ter maior participação da população. "A concessão do Maracanã deveria ter sido consultada em plebiscito".

Durante o ato, manifestantes filiados ao Sindicato dos Petroleiros protestaram contra a décima primeira rodada de leilão do petróleo, marcada para os dias 14 e 15 de maio. O sindicato é contra a exploração dos poços por empresas privadas.

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
Publicidade
Publicidade