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Rio Branco decreta situação de emergência em razão das chuvas; atingidos chega a 27 mil

O nível do Rio Acre chegou a 15,98 metros às 9h desta sexta, quase 2 metros acima da cota de transbordamento

24 mar 2023 - 18h37
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O Rio Acre registrava o nível das águas a 1,98 metro acima da cota de transbordamento às 9h desta sexta-feira.
O Rio Acre registrava o nível das águas a 1,98 metro acima da cota de transbordamento às 9h desta sexta-feira.
Foto: Pedro Devani/Secom Gov. do Acre

A prefeitura de Rio Branco decretou, na manhã desta sexta-feira, 24, situação de emergência em decorrência dos efeitos das fortes chuvas que atingiram a região. Cerca de 27 mil pessoas, em 30 bairros, foram atingidas pelas cheias dos igarapés e do rio Acre, segundo a Defesa Civil do Município. 

Além do documento assinado pela prefeitura, o governo do Acre publicou, em edição extra do Diário Oficial do Estado, um outro decreto declarando situação de emergência na capital. O texto prevê a cooperação entre as entidades da Defesa Civil Estadual e Municipal. Segundo o decreto, o nível do Rio Acre chegou a 15,98 metros às 9h desta sexta, quase 2 metros acima da cota de transbordamento.

A situação em Rio Branco tornou-se mais crítica nas últimas 48h, quando o número de bairros afetados pelas chuvas triplicou. Desde a manhã desta sexta, as aulas nas escolas municipais foram canceladas e os locais estão servindo de abrigo para famílias desalojadas. 

Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, famílias chegam a todo momento nos abrigos. Moradores relataram à prefeitura que os alagamentos ocorreram inesperadamente. Janaína Brena, que está abrigada em uma escola municipal, conta que saiu para ir ao supermercado e quando retornou a água já estava na escada de casa.

“Estava tranquilo, saí, fui ao supermercado, quando cheguei estava no segundo degrau da minha casa, aí carreguei minhas coisas pra fora. Minhas coisas estão lá molhadas, molhou minha cama, minha geladeira acabou. É forte perder as coisas."

Em vídeo, o prefeito Tião Bocalom (PP) disse que assinou o decreto após ser aconselhado pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, para que o ministério possa enviar recursos e ajuda à cidade. Bocalom afirmou que a cidade já gastou, até o momento, cerca de R$ 5 milhões para conter os danos causados pelas cheias. 

Fonte: Redação Terra
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