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Polícia prende 5 mascarados e outros 3 manifestantes em protesto no RJ

Um dos manifestantes presos usava uma fantasia do super-herói Batman e não quis mostrar seu rosto, o que é proibido por lei estadual

25 set 2013 - 21h20
(atualizado às 22h46)
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25 de setembro - "Super-herói" mascarado participou de protesto em frente à Alerj
25 de setembro - "Super-herói" mascarado participou de protesto em frente à Alerj
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Durante protesto no centro do Rio de Janeiro, pelo menos oito manifestantes foram detidos pela polícia. A manifestação começou em frente à sede do Ministério Público. Os ativistas protestavam contra a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (Ceiv).

O primeiro manifestante foi detido por estar mascarado. Ele estava vestido com uma fantasia do personagem Batman, e não quis mostrar o rosto nem se identificar. Outros quatro manifestantes também foram presos por usarem máscaras, o que é proibido por lei estadual. A lei determina que é "especialmente proibido o uso de máscara ou qualquer outra forma de ocultar o rosto do cidadão com o propósito de impedir-lhe a identificação" em manifestações.

Mais três manifestantes foram detidos por envolvimento em uma briga. A Polícia Militar não informou para qual delegacia os detidos foram levados. Os manifestantes, a maioria integrantes dos Black Blocs, se dirigiram para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde fazem um ato em defesa do uso de máscaras em protestos. O grupo se juntou a professores em greve que estão acampados em frente ao Legislativo.

A frente do prédio foi cercada pela polícia. O protesto é pacífico. Com a manifestação, o trânsito na Avenida Presidente Antônio Carlos, uma das principais vias do centro, foi bloqueada.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus. A mobilização surtiu efeito e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas – o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. "Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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