O que se sabe sobre PM baleado no pescoço após perseguir suspeito em Paraisópolis
Disparo ocorreu após perseguição e luta corporal com suspeito de pertencer a quadrilha que pratica roubos na região da Chácara Santo Antônio. Polícia busca criminosos
Um policial militar foi baleado na tarde desta quinta-feira, 7, em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Ele levou um tiro no pescoço durante uma luta corporal com um suspeito. A ocorrência, entretanto, começou na região da Chácara Santo Antônio, região que soma diversos casos de assaltos desde o ano passado.
Veja abaixo o que se sabe sobre o caso:
O que ocorreu?
A Polícia Militar recebeu uma denúncia de que um grupo de três motociclistas estariam praticando assaltos na Chácara Santo Antônio.
Na Rua África do Sul, então, os policiais militares da equipe de Rádio Patrulhamento visualizaram uma das motos. Houve tentativa de abordagem, mas os criminosos fugiram e foram perseguidos até Paraisópolis. Na comunidade, o policial entrou em luta corporal com um suspeito e acabou baleado.
Imagens da câmera corporal do policial militar, obtidas pelo Estadão, registraram o momento em que ele leva um tiro. Mesmo após ser baleado, ele conseguiu acionar o policiamento pelo rádio.
A gravação da câmera corporal captou a perseguição de moto a um homem acusado de praticar um roubo na região da Chácara Santo Antônio. O policial chega a imobilizar o suspeito, mas moradores da comunidade se aproximam e um homem chega a tentar ajudar o suspeito a se desvencilhar. Após alguns segundos de luta corporal, o suspeito atira no pescoço do cabo Santana e sai correndo. Outro homem rouba a arma do policial e também foge.
Alguém já foi preso?
Nenhum dos dois foi localizado ainda. A arma do policial também não foi recuperada.
Um dos procurados é suspeito de fazer parte de uma quadrilha especializada em roubo de motos e teria cometido ao menos quatro crimes desde 2022. Outro suspeito também foi identificado.
Qual o estado de saúde do PM?
Identificado como cabo Santana, ele foi socorrido pelo helicóptero Águia da PM e levado para o Hospital das Clínicas, na zona oeste, e não corre risco de morte. A bala transfixou o seu pescoço do policial.
Que medidas foram tomadas?
Após o disparo, equipes da PM, incluindo a Tropa de Choque foram deslocadas e cercam a comunidade em busca dos suspeitos. Uma blitz montada na região da avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, controlava o acesso à favela.
Nesta sexta, 8, segundo a PM, o policiamento na região segue reforçado, porém com menos intensidade do que ontem.
Cerca de 300 policiais militares foram deslocados para a favela de Paraisópolis. "O efetivo da Polícia Militar está empenhado, em uma operação que não tem prazo para acabar. A PM só acaba essa operação com esses dois criminosos presos", disse coronel Emerson Massera, porta-voz da PM, ao Brasil Urgente, da Band.