PUBLICIDADE

Mulheres denunciam médico no CE por sequelas após cirurgias plásticas

Após as denúncias, um inquérito por lesão corporal contra o médico foi aberto

11 abr 2022 - 17h22
(atualizado às 17h27)
Compartilhar
Exibir comentários
Cirurgião plástico Dalvo Neto
Cirurgião plástico Dalvo Neto
Foto: Reprodução/TV Globo

Ao menos 10 mulheres procuraram a polícia para denunciar o cirurgião plástico Dalvo Neto, de 43 anos, por complicações e sequelas após cirurgias plásticas, segundo reportagem do 'Fantástico', da TV Globo, exibida no domingo (10). Após as denúncias, um inquérito por lesão corporal contra o médico foi aberto. 

Cirurgião plástico há mais de 10 anos, Dalvo Neto atende em um consultório em um bairro de classe média alta em Fortaleza e é um dos mais famosos do Ceará, principalmente por causa da divulgação dos seus trabalhos nas redes sociais.

A representante comercial Adrissia Soares, uma das pacientes, contou que o seu peito do lado direito começou a necrosar uma semana depois da cirurgia. "Eu entrei em contato com ele e ele disse que era coisa do meu organismo, mas que ia ficar tudo bem e que eu era um caso único", disse a mulher à TV.

Já a dentista Jeordana Cordeiro relatou que foi orientada a "insistir" na prótese, mesmo com resultado diferente do esperado. "Até que em janeiro, o peito foi e rompeu", falou. Ela também foi submetida a uma cirurgia para a retirada de gordura dos braços, que a deixou com cicatrizes grandes.

Outra mulher, que veio da Espanha para colocar próteses de silicone nos seios com o médico, disse que, ao voltar para o país e se consultar com uma médica de lá, ficou sabendo que o peito estava necrosado. 

Em entrevista ao 'Fantástico', o médico Dalvo Neto negou as acusações. Ele disse que tem "mais de 3 mil cirurgias plásticas realizadas e um alto nível de satisfação".

"Eu me preocupei demais em refazer a cirurgia, refazer a queixa, refazer o refinamento de qualquer queixa que elas tivessem", afirmou. "Não me considero responsável e não me considero culpado. O que aconteceu foi uma política de disseminação de ódio nas redes sociais", continuou o médico. 

Conforme a reportagem, algumas pacientes conseguiram pareceres de médicos peritos para entrarem na Justiça e pedirem indenização. Elas também fizeram denúncias ao Conselho Regional de Medicina. 

De acordo com a delegada que acompanha o caso, Anna Victoria, o cirurgião será interrogado na delegacia. "Também vamos dar um prazo para que outras vítimas apareçam e queiram prestar aqui a declaração", disse à reportagem.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade