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Manaus: grupos se dividem e manifestantes tentam invadir prefeitura

Um ônibus foi incendiado por ativistas violentos

20 jun 2013 - 22h30
(atualizado às 23h47)
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<p>Manifestantes marcham em protesto pelas ruas de Manaus (AM)</p>
Manifestantes marcham em protesto pelas ruas de Manaus (AM)
Foto: Marcio Azevedo / Especial para Terra

A manifestação de Manaus ocorreu em duas correntes e uma delas acabou em confronto com a Polícia Militar depois de depredar e tentar invadir a prefeitura por mais de 40 minutos.

Um dos grupos era composto por estudantes e outro ligado ao Movimento Passe Livre.

As marchas se encontraram na avenida Eduardo Ribeiro, a via principal do centro de Manaus, quando houve uma discussão entre os líderes dos dois movimentos. Eles desejavam uma marcha única, mas não concordaram com o objetivo e o destino da manifestação. Enquanto uma parte protestava contra a tarifa de ônibus e os custos das obras da Copa do Mundo, outra queixava-se do governo municipal. 

Dessa forma, o grupo ligado ao MPL, de aproximadamente 45 mil pessoas, seguiu para a obra da Arena Amazônia, onde se expressou de forma pacífica até por volta das 20h. Outro grupo composto, sobretudo por estudantes, foi até a prefeitura, onde alguns integrantes passaram a jogar pedras, garrafas, rojões contra o prédio e tentaram arrebentar o portão para invadir o local. O ataque prosseguiu por mais de 40 minutos, até a Tropa de Choque da Polícia Militar reagir com bomba de efeito moral e balas de borracha, dispersando a multidão e causando correria.

Quando o clima parecia estar mais calmo, os manifestantes violentos pararam um ônibus, obrigaram os passageiros e motoristas saírem, atearam fogo e tentaram jogá-lo contra o córrego que fica em frente à prefeitura, na avenida Brasil. O corpo de bombeiros conseguiu apagar o fogo, mas o veículo ficou destruído.

Houve dispersão da maioria, mas ainda havia, por volta das 21h55, um pequeno grupo que depredava nas proximidades da prefeitura. A tropa de choque também continuava no local e tentava coibir atos de vandalismo. Segundo o tenente-coronel Aroldo Ribeiro, comandante das Tropas Especiais da PM, a reação policial foi proporcional à agressão, já que os ataques à prefeitura duraram mais de 40 minutos.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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Fonte: Especial para Terra
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