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Imagens de câmeras corporais comprovam que houve execução, diz MP sobre ação da PM em Paraisópolis

Procuradoria-Geral de Justiça afirma que promotor Everton Zanella, do Tribunal do Júri, irá acompanhar investigação sobre a morte do morador

11 jul 2025 - 15h55
(atualizado às 16h19)
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O Ministério Público disse nesta sexta-feira, 11, por meio de nota, que as as imagens das câmeras corporais utilizadas pelos PMs que entraram em Paraisópolis na quinta, 10, para averiguar uma denúncia de tráfico de entorpecentes, comprovam que houve execução.

A Procuradoria-Geral de Justiça designou o promotor Everton Zanella, do Tribunal do Júri, para acompanhar a investigação relativa à morte do morador da comunidade.

A corregedoria da corporação já efetuou a prisão dos militares envolvidos no caso. Em outro confronto entre PMs e suspeitos, um sargento foi ferido e um segundo homem, morto.

"A dinâmica de todos esses fatos será apurada pelo MPSP, que reafirma o seu mais firme compromisso com a defesa da ordem jurídica e a sua disposição de desempenhar o seu papel constitucional para garantir a paz social."

As Polícias Civil e Militar apuram as ocorrências. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, os conflitos começaram à tarde, quando os policiais foram acionados para uma denúncia de homens armados em um ponto de venda de drogas.

Operação da PM resultou em duas mortes e protestos em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo
Operação da PM resultou em duas mortes e protestos em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo
Foto: Reprodução/pirescritico/X

Ao chegarem ao local, três suspeitos fugiram em direção a uma casa. Foi neste momento em que Igor foi morto. Outros dois foram presos. Foram apreendidas armas de fogo, munições, entorpecentes e anotações do tráfico.

Horas depois, outra ação terminou em troca de tiros, um suspeito foi morto e um PM da Rota ferido.

As ações são investigadas pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), por meio de inquérito policial.

Imagens que circulam na internet mostram vários focos de incêndio nas ruas do entorno de Paraisópolis, moradores correndo pelas ruas e homens armados com pedaços de madeira. Carros foram virados em meio aos protestos. Alguns automóveis que passavam pelo local também foram apedrejados e motoristas, agredidos.

A Tropa de Choque da Polícia Militar foi deslocada para Paraisópolis e a comunidade, cercada. Equipes do Corpo de Bombeiros também foram mobilizadas.

Segundo a PM, foram apreendidos duas pistolas, um revólver, sete carregadores de pistola, sendo dois com prolongadores. Também foram apreendidos drogas, dinheiro e celulares.

Estado sofreu crise por violência policial

Uma sequência de abusos cometidas por integrantes das tropas paulistas no fim de 2024 deflagrou uma crise na área da segurança pública para a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Entre as ocorrências, estavam a morte de uma criança de 4 anos na Baixada Santista, de um estudante de Medicina baleado em um hotel da capital, e o flagra de um policial atirando um homem do alto de uma ponte na zona da capital.

Após a repercussão negativa, o governador reconheceu erros na retórica direcionada aos agentes de segurança e prometeu aperfeiçoar os protocolos. A letalidade policial já vinha em alta diante das ofensivas repressivas na Baixada Santista, onde houve as operações Verão e Escudo.

No 1º trimestre de 2025, o casos recuaram. Foram 131 mortes cometidas por policiais militares em serviço no Estado, queda de 26,4% ante as 178 registradas no mesmo período de 2024.

Estadão
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