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Haddad mente ao se dizer aberto ao diálogo com manifestantes, diz MPL

Segundo movimento, tanto a prefeitura quanto o governo estão fechados ao diálogo e compactuam com violência policial

14 jun 2013 - 18h47
(atualizado às 18h58)
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Grupo de manifestantes protesta em frente ao prédio da Rede Globo, na avenida Doutor Chucri Zaidan, em São Paulo
Grupo de manifestantes protesta em frente ao prédio da Rede Globo, na avenida Doutor Chucri Zaidan, em São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra

O Movimento Passe Livre (MPL), principal articulador dos protestos contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo, acusa o prefeito Fernando Haddad de faltar com a verdade ao garantir que tentou manter o diálogo com os manifestantes. Segundo o MPL, "as tentativas de estabelecer diálogo partiram sempre do movimento, e foram recusadas pela prefeitura".

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"O prefeito não fala a verdade ao dizer que tentou estabelecer diálogo com o movimento. A prefeitura nunca procurou formalmente o movimento para discutir a pauta do aumento", afirma o MPL em nota. Segundo o movimento, o prefeito e o governador Geraldo Alckmin estão fechados ao diálogo e "compactuam com a repressão truculenta da polícia".

"No dia 11, protocolamos um pedido de reunião com o prefeito em exercício, mas não recebemos resposta. No dia 12, estivemos presentes na Audiência Pública realizada pelo Ministério Público, mas a prefeitura enviou apenas técnicos da pasta de Transporte, sem poder para negociar. O acordo de suspensão do aumento por 45 dias proposto pelo MP foi recusado pela prefeitura e pelo governo do Estado", afirma o texto.

"Reafirmamos que o MPL está totalmente aberto ao diálogo sobre a revogação do aumento. O que não podemos fazer é negociar pautas diferentes do que está sendo defendido por dezenas de milhares de pessoas nas ruas. Quem está fechado ao diálogo são o prefeito e o governador, que compactuam com repressão truculenta da polícia - a única resposta que as manifestações receberam até agora", conclui o movimento.

O coletivo organiza um novo protesto na próxima segunda-feira. A concentração terá início às 17h, no Largo da Batata, próximo à estação Faria Lima do Metrô. Segundo o movimento, o protesto que ocorre na noite desta sexta-feira em frente à sede da Rede Globo não foi convocado pelo MPL. "Não sairemos das ruas enquanto a tarifa não cair", promete o movimento.

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Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em verdadeiros cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Segundo a administração pública, em quatro dias de manifestações mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de junho, vários jornalistas que cobriam o protesto foram detidos, ameaçados ou agredidos.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011.

Jurista diz que discurso de Alckmin lembra os da ditadura:

Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros", disse em nota. 

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

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Fonte: Terra
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