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Fornecedores do Carrefour lançam coalizão para diversidade racial

Doze empresas fornecedoras da rede, como Coca-Cola e BRF, assinaram documento para fortalecer compromisso para combater racismo estrutural

23 nov 2020 - 22h10
(atualizado em 24/11/2020 às 10h28)
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Doze empresas fornecedores do Carrefour no Brasil, gigantes do setor de consumo anunciaram um uma coalização para buscar a diversidade racial, após a trágica morte, na véspera do Dia da Consciência Negra, de João Alberto Silveira Freitas, homem negro, de 40 anos, assassinado por dois seguranças que trabalhavam em uma unidade da rede em Porto Alegre. Fazem parte do grupo a Coca-Cola, BRF, Danone, Pepsico, Heineken, JBS, General Mills, Kellogg's, L'oréal, Mars, Mondeléz e Nestlé.

Em um documento conjunto, as empresas afirmam que irão "fortalecer o compromisso das empresas com ações concretas para combater o racismo estrutural". A carta afirma que, para isso, será criado um plano de ação concreto "em parceria com organizações e especialistas que possuem conhecimento nessa causa".

Na página de seu LinkedIn, o presidente da Coca-Cola na América Latina, Henrique Braun, disse que a morte de Freitas "chocou a todos". "Não podemos permitir que mais casos como esse voltem a acontecer", afirmou. Foi pensando no que pode ser feito em relação a esse assunto, segundo ele, que as 11 empresas se reuniram.

A carta da coalizão diz ainda que as empresas signatárias reconhecem que têm o "dever de mudar essa realidade" e convida, ainda outras empresas e indústrias a se unirem nesse compromisso pela equidade racial.

"Não há mais tolerância para práticas ou atitudes, de quaisquer naturezas, que discriminem ou vitimizem pessoas pretas no Brasil e no mundo. A necessidade de avançarmos em políticas de inclusão e, sobretudo, de preservação da vida dos pretos e pretas é uma responsabilidade urgente de todos nós, e temos uma longa jornada pela frente. Reconhecer este fato é apenas o primeiro passo; há muito a ser feito, e esta construção precisa ser conjunta", disse, em nota, a General Mills.

Estadão
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