Filho de Igor Peretto era próximo de tia acusada de matar o pai: ‘Sempre deu 1º pedaço do bolo’
Marcelly Marlene Delfino é uma das acusadas de envolvimento na morte do comerciante; Igor foi assassinado com mais de 30 facadas
O filho de Igor Peretto, empresário brutalmente assassinado em 2024, tinha forte vínculo com a tia Marcelly, acusada de planejar o crime junto com outros familiares por motivação financeira, segundo o Ministério Público.
O vereador de São Vicente, Tiago Peretto, compartilhou nas redes sociais um vídeo do sobrinho e filho de Igor Peretto, mostrando que o menino era muito próximo de Marcelly Marlene Delfino, acusada de participar do assassinato. Igor foi morto com mais de 30 facadas em agosto de 2024.
Segundo a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o crime foi planejado por Mario Vitorino da Silva Neto, cunhado da vítima, sua irmã, Marcelly, e a esposa de Peretto, Rafaela Costa da Silva.
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Na última semana, Tiago publicou um vídeo em sua conta no Instagram em que Igor e Marcelly aparecem com a mãe do menino, Rafaela. Nas imagens, é possível ver a criança entregando um pedaço de bolo para a tia. Em tom de brincadeira, aqueles que estão na mesa perguntam: “De novo?”, e ela responde: “É a campeã.”
Na gravação, o vereador lamentou: "Um anjo sem maldade alguma. Sempre deu o primeiro pedaço do bolo em seu aniversário para a tia que ajudou a tirar a vida do seu papai". Na legenda, ele complementa: “Vídeos que nos matam dia a dia”.
Relembre o caso
Igor foi morto no dia 31 de agosto no apartamento de Marcelly, onde estavam ele, a irmã e Mário Vitorino. Rafaela teria chegado ao local pouco antes e saído instantes antes do crime. O laudo necroscópico apontou que Igor foi brutalmente atacado e que, caso tivesse sobrevivido, teria ficado tetraplégico.
As duas mulheres se entregaram à polícia no dia 6 de setembro, enquanto Mário foi preso no dia 15, escondido na casa de um tio de Rafaela no interior de São Paulo. Inicialmente presos temporariamente, os acusados tiveram a prisão convertida para preventiva pela Justiça de Praia Grande. O habeas corpus, solicitado pela defesa de Rafaela, foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os três seguem presos e passaram pela primeira audiência de instrução do caso em março. Tiago foi chamado para depor como testemunha pela defesa de Mário Vitorino, o que gerou indignação. "Quem me arrolou foi a defesa do assassino. "Eu estou indignado com isso", declarou Tiago, conforme o VTV News. "Devia ter sido arrolado pela Justiça, não pelos advogados dos assassinos."
O MP sustenta que o crime teve motivação financeira e nega a existência de um triângulo amoroso entre os acusados. Conforme a denúncia, Mário Vitorino teria interesse na sociedade da loja de motos que possuía com Igor, enquanto Rafaela, como viúva, herdaria bens materiais. Marcelly, irmã da vítima, também se beneficiaria do crime já que mantinha envolvimento com o casal.