Ex-PM é preso por suspeita de envolvimento no atentado contra bicheiro Vinicius Drumond
Policial foi expulso da corporação por recepção de veículo roubado e tráfico de drogas; outros dois suspeito já foram identificados
Um ex-policial militar foi preso neste sábado, 19, por suspeita de envolvimento na tentativa de homicídio de um dos chefes do jogo do bicho, o contraventor Vinicius Pereira Drumond. O atentado ocorreu no último dia 11, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
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De acordo com a Polícia Civil, o suspeito foi expulso da Polícia Militar após praticar recepção de veículo roubado e tráfico de drogas. Ele foi localizado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e acabou autuado em flagrante por porte de arma de uso restrito, além do cumprimento de prisão temporária.
A investigação aponta que o carro em que Drumond estava no dia do crime foi seguido por dois carros após deixar um shopping da Barra, em um ponto da Avenida das Américas, e foi atacado por pelo menos 30 tiros de fuzil.
Segundo a polícia, os disparos foram feitos de dentro de veículo blindado, com estrutura especialmente preparada para ação, incluindo aberturas usadas para disparos nas quatro portas. O contraventor teve apenas lesões leves, pois também estava em um carro blindado.
Um dos automóveis usados na ação foi encontrado abandonado no bairro de Guaratiba, com um dos pneus estourado. Em seguida, os ocupantes portando armas longas e balaclavas, abordaram uma motorista e a obrigaram a transportá-los até Nova Iguaçu, às margens da Rodovia Presidente Dutra. No local, eles foram “resgatados” por um integrante da organização criminosa. Já o segundo carro foi deixado em Duque de Caxias.
As autoridades apontam ainda que os criminosos iniciaram a empreitada em Duque de Caxias e retornaram para lá após o término. Para chegar até essa informação, foram feitas análises de câmeras de segurança, que demonstraram que os envolvidos monitoraram a vítima por vários dias até o atentado, permitindo, assim, refazer todo o percurso dos veículos antes e após o crime.
Ao longo da investigação, a polícia também identificou que dois dos alvos da ação deste sábado integram uma organização criminosa em Caxias, sendo ambos investigados também pela participação na execução do advogado Rodrigo Marinho Crespo, em fevereiro de 2024, no Centro do Rio.
A operação foi realizada por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que seguem em diligência para localizar e prender todos os suspeitos já identificados e que possuem mandado de prisão preventiva.

