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Esposa de suspeito de matar gari em BH, delegada é afastada de suas funções por questões de saúde

Ana Paula Lamego tirou licença médica em 13 de agosto, dois dias após o crime

27 ago 2025 - 14h38
(atualizado às 17h10)
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Resumo
A delegada Ana Paula Lamego Balbino foi afastada de suas funções na Polícia Civil por licença médica de 60 dias, após seu marido, Renê Nogueira Júnior, confessar o assassinato de um gari em Belo Horizonte durante uma discussão de trânsito com uso da arma dela.
Empresário preso por morte de gari confessa que cometeu o crime, diz polícia:

A delegada Ana Paula Lamego Balbino, esposa do empresário Renê Nogueira Júnior, está afastada de suas funções na Polícia Civil de Minas Gerais por 60 dias, para tratamento de saúde. A licença médica foi publicada em Diário Oficial nesta semana, mas teve início no dia 13 de agosto, dois dias após o crime.

Renê confessou, no dia 18 deste mês, ter matado o gari Laudemir Fernandes durante uma discussão de trânsito, em Belo Horizonte. Ele usava a arma da esposa. Segundo a Polícia Civil, a arma de fogo em questão era de uso particular e não estava vinculada à instituição.

A delegada
A delegada
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Relembre o crime

Renê da Silva Nogueira Junior foi preso em flagrante no dia 11 de agosto, em uma academia de Belo Horizonte. Por volta das 9h daquele dia, no bairro Vista Alegre, a Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência de homicídio decorrente de uma discussão de trânsito. O gari Laudemir de Souza Fernandes foi encontrado ferido e foi socorrido para o Hospital Santa Rita, em Contagem, onde o óbito foi constatado.

Por câmeras de segurança e pela descrição dada pelas testemunhas, a PM chegou ao nome do empresário Renê, que foi preso horas depois do crime, na posse do mesmo veículo envolvido na ocorrência.

Câmera de segurança flagra momento em que gari é baleado por empresário em BH:

Na quarta-feira, 13, em audiência de custódia, o juiz Leonardo Vieira Rocha Damasceno decidiu manter Renê preso preventivamente. Ele considerou que há diversos elementos que fundamentam a legalidade da prisão de Renê, mesmo antes de sua confissão.

"Antes da condução à delegacia, uma fotografia do autuado foi enviada às testemunhas presenciais, que 'o reconheceram prontamente como sendo o autor do disparo'. As características físicas precisas do autuado (claro, alto, forte) eram compatíveis com as descrições detalhadas fornecidas pelas testemunhas do crime", diz trecho da decisão.

Os policiais encontraram no local do homicídio uma munição intacta e uma deflagrada, ambas de calibre .380. Posteriormente, René admitiu que sua esposa possui uma pistola do mesmo calibre. A arma foi apreendida na residência do casal. 

O juiz afirma que mesmo sendo réu primário, a prisão preventiva se justifica para garantia da ordem pública, pela gravidade do delito e pela forma como o empresário teria agido. 

"O crime foi cometido em plena luz do dia, por motivo fútil, uma aparente irritação decorrente de uma breve interrupção no trânsito causada por um caminhão de coleta de lixo", escreveu Damasceno, que considerou que Renê agiu de forma desproporcional e fria. 

"Após uma breve discussão, deliberadamente sacou uma arma de fogo, a preparou para o disparo e atirou contra um trabalhador que exercia seu ofício, uma atividade pública essencial de limpeza da cidade, demonstram uma periculosidade acentuada e um total desrespeito pela vida humana. Tal conduta abala profundamente a tranquilidade social e gera um sentimento de insegurança na comunidade, indicando que a liberdade do autuado, neste momento, representa um risco real à ordem pública", completou o juiz.

O magistrado também frisou o relato das testemunhas de que René teria deixado o carregador da arma cair e, ainda assim, abaixou-se para pegá-lo, o reinseriu na arma e a manejou novamente. "O que demonstra que não foi um ato de impulso momentâneo, mas uma decisão consciente e voluntária de usar a violência, com a finalidade de ceifar a vida alheia", destacou na decisão.

'Comete um crime e vai treinar na academia', diz juiz ao manter prisão de empresário acusado de matar gari:
Fonte: Redação Terra
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