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'Era até meio tosco', diz comandante sobre explosivo falso usado em sequestro que bloqueou Rodoanel

Motorista Dener Laurito dos Santos foi sequestrado e deixado pelos criminosos com um simulacro de bomba dentro do caminhão

12 nov 2025 - 22h29
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O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi acionado nesta quarta-feira, 12, para ajudar no resgate do motorista de caminhão que foi sequestrado e obrigado a bloquear um trecho do Rodoanel Mario Covas, na região de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

A vítima, Dener Laurito dos Santos, de 52 anos, relatou à polícia que foi sequestrado por três homens na madrugada desta quarta e, sob o domínio dos bandidos, foi forçado a atravessar o caminhão na altura do quilômetro 45 do Rodoanel, bloqueando a via e interrompendo o fluxo do trânsito.

Depois de ser deixado pelos assaltantes, o motorista conseguiu acionar o Centro de Controle Operacional da rodovia e pedir ajuda. Ele foi encontrado com as mãos amarradas e uma suposta bomba dentro do veículo. Quando o Gate chegou ao local, conseguiu resgatar Dener e identificar que o explosivo era falso.

Segundo Gustavo Packer Mercadante, comandante do Batalhão de Operações Especiais, que abriga o Gate, o simulacro de bomba foi feito a partir de um galão d'água, dois tubos de aerossol e papel alumínio.

"Era até meio tosco, batendo o olho mais de perto já deu para perceber que não era uma bomba", diz Mercadante.

Para a ocorrência, foram mobilizados explosivistas, negociadores, snipers e uma equipe tática. "Mobilizei o kit completo, vamos dizer assim", disse Mercadante. "Era uma ocorrência um pouco estranha, a gente não sabia o que esperar".

O sequestro teria começado pouco antes das 6h e o Gate foi acionado às 7h. As primeiras equipes se deslocaram de aeronave e chegaram ao local por volta das 8h, com informações desencontradas.

"Era um processo bem técnico, porque, em tese, (a informação que recebemos) era que uma bomba que estava presa em uma pessoa", afirmou o comandante à reportagem.

Segundo ele, por volta das 10h, um especialista da equipe conseguiu observar que a bomba na verdade não estava presa em Dener e retirá-lo do caminhão. "A partir daí, a ocorrência ficou mais simples". O caso se estendeu até por volta das 11h, quando as equipes deixaram o local.

Aos policiais, o motorista teria dito que o grupo pretendia usar o caminhão para transportar armas de fogo até o Rio de Janeiro. O veículo estava vazio, conforme informou a transportadora Sitrex, responsável pelo veículo, e não há informações de que os supostos assaltantes tenham levado algum pertence da vítima no crime.

Ao Estadão, o comandante Mercadante afirmou que ainda não está claro como a abordagem foi feita, qual era o objetivo dos criminosos e o motivo de o veículo ter sido deixado atravessado na pista.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado afirmou que o Setor de Investigações Gerais (SIG) de Taboão da Serra apura todas as circunstâncias do caso e que a Polícia Civil analisa imagens de câmeras de segurança e realiza outras diligências para identificar os envolvidos.

Estadão
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