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Entram em vigor novas tarifas de ônibus para Grande SP e Baixada Santista

1 jul 2013 - 12h20
(atualizado às 12h21)
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Nesta segunda-feira passaram a vigorar as novas tarifas da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (Emtu) para as linhas de ônibus da Grande São Paulo e da Baixada Santista. A média da redução ficou em R$ 0,15 e foi definida após protestos nas principais cidades atendidas pela empresa. 

Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas em todo o País
Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

Ao todo, 18 empresas permissionárias, quatro concessionárias  - mais a concessionária Metra que opera exclusivamente as linhas do Corredor Metropolitano ABD (São Mateus – Jabaquara) - atendem a Grande São Paulo. Segundo a Emtu, as passagens variam entre R$ 2,25 e R$ 5,65 para o ônibus comum e entre R$ 4,05 e R$ 15,45 para o seletivo. 

Na região metropolitana da Baixada Santista, são cinco empresas permissionárias em operação. As tarifas ficam entre R$ 2,90 e R$ 9,45 para ônibus comum e, entre R$ 3,75 e R$ 20,10 para seletivo. O valor de cada percurso pode ser consultado no site da Emtu

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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