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Delegado detalha esquema de propinas no Samu e avanço da Operação que investiga contratos milionários em Porto Alegre

Conversamos com o delegado responsável, Cassiano Cabral, que detalhou o andamento da operação e os próximos passos

10 dez 2025 - 11h09
(atualizado às 11h12)
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A Polícia Civil desencadeou, na manhã desta quarta-feira (10), a Operação "O", que investiga um esquema de pagamento de propina a servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Porto Alegre. De acordo com a corporação, a suspeita é de que funcionários públicos teriam favorecido, ao longo de quase uma década, empresas contratadas para fornecer motoristas de ambulância e serviços de manutenção de viaturas. As duas firmas sob investigação receberam cerca de R$ 3,8 milhões em contratos com órgãos da prefeitura entre 2015 e 2024.

Conversamos com o delegado responsável, Cassiano Cabral, que detalhou o andamento da operação e os próximos passos.

Buscas, documentos e aparelhos apreendidos

Segundo o delegado, a ofensiva policial incluiu o cumprimento de mandados de busca nas sedes das empresas e nas residências dos servidores investigados. No material apreendido, estão documentos ligados aos contratos firmados com o município, além de aparelhos eletrônicos que agora passam por análise.

"Foram coletadas documentações referentes às empresas, aos contratos, e apreendidos aparelhos eletrônicos para que possamos trazer mais elementos e somá-los ao que já temos para um indiciamento", explicou o delegado.

Auditoria vai medir possível superfaturamento

As investigações apontam para um possível direcionamento de contratos e superfaturamento nos serviços prestados. Uma auditoria será realizada para mensurar o prejuízo aos cofres públicos.

"Os contratos têm valores globais altos, mas isso, isoladamente, não significa comprovação. Precisamos verificar a margem do superfaturamento para definir o prejuízo real ao erário", afirmou.

O delegado adiantou que os valores somados dos contratos das duas empresas de locação de veículos, motoristas e manutenção ultrapassam cifras milionárias:

R$ 4 milhões apenas em locação e prestação de serviços;

Mais de R$ 15 milhões em consertos de viaturas realizados por uma única oficina mecânica.

Valores que teriam sido pagos a servidores

A investigação financeira dos últimos cinco anos mostra que alguns servidores teriam recebido quantias que variam entre R$ 70 mil e R$ 200 mil. Um dos investigados, segundo o delegado, teria movimentado em sua conta quase R$ 1 milhão provenientes das empresas ou de intermediários ligados a elas. Outro servidor teria recebido aproximadamente R$ 500 mil, e mais um ultrapassaria R$ 1,5 milhão.

Apesar dos valores expressivos, até o momento não há indicação da participação de outros servidores nos processos de elaboração dos certames licitatórios.

Indiciamentos dependem da conclusão da auditoria

O delegado informou que o indiciamento dos envolvidos deve ser realizado após a finalização da auditoria sobre o superfaturamento.

A Polícia Civil segue analisando o material apreendido e aprofundando as apurações para confirmar o montante do prejuízo e definir as responsabilidades.

A investigação permanece em andamento.

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