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Como vive a população do Acre após cheia histórica?

O Rio Acre ficou mais de uma semana acima dos 17 metros e alcançou o maior nível do ano, sendo essa a segunda maior cheia da história

18 mar 2024 - 20h33
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Depois de passar pela segunda maior cheia de sua história, famílias que vivem nos arredores do Rio Acre passam pelas piores dificuldades. Após casas serem arrastadas, famílias desabrigadas e filas quilométricas para conseguir uma cesta básica, a população tenta se reerguer após baixa das águas.

Cheias no Rio Acre
Cheias no Rio Acre
Foto: Pedro Devani/ Secom / Perfil Brasil

Há mais de dez dias, o Rio Acre ficou mais de uma semana acima dos 17 metros e alcançou o maior nível do ano. Essa foi a segunda maior cheia da história, desde 1971, quando começara, a medir o volume das águas. Porém, a maior cheia foi registrada em em 2015. Posteriormente, na da quinta-feira (7), o rio apresentou os primeiros sinais de baixa.

Recuperação após a cheia

Após a situação se acalmar, estima-se um prejuízo de R$ 200 milhões. Assim sendo, estão sendo monitoradas pela Defesa Civil 62 áreas pelo risco de deslizamentos de terra provocados por erosões.

"É a questão do próprio solo, que não tem sustentação, e esse solo sem sustentação não deveria ter construções. A partir do momento que tem construção, vai haver esse fenômeno de desmoronar", explicou ao g1 o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão.

O tenente-coronel diz que a Defesa Civil estima que existam de 17 a 19 mil pessoas vivendo em áreas de risco na capital. Ainda assim, durante a última semana, desabaram mais casas nos bairros Cidade Nova e Seis de Agosto.

Ademais, as famílias ainda enfrentam longas filas para conseguir cestas básicas distribuídas pelo poder público. No último sábado (16), mais de 4,5 mil pessoas de regiões como Taquari, Cadeia Velha, Cidade Nova, Seis de Agosto lotaram o estacionamento do estádio Arena da Floresta na tentativa de receber um kit com uma cesta básica de 33 quilos e água potável.

A distribuição foi feita em outros três pontos da capital: Central de Abastecimentos (Ceasa), Estrada Transacreana, na Secretaria Municipal de Cuidados com a Cidade (SMCCI), na Estrada da Sobral, e no Centro da Juventude, no bairro Cidade Nova.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

Perfil Brasil
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