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Chega a 32 o número de ônibus destruídos neste mês em São Paulo

29 jan 2014 - 15h34
(atualizado às 15h44)
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<p>Um ônibus foi incendiado na estrada M'Boi Mirim, na zona sul de São Paulo, por volta das 12h desta quarta-feira</p>
Um ônibus foi incendiado na estrada M'Boi Mirim, na zona sul de São Paulo, por volta das 12h desta quarta-feira
Foto: Fabricio Bomjardim / Futura Press

O número de veículos queimados em São Paulo subiu para 32 neste mês, segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), empresa  municipal responsável pela gestão do sistema de transporte da cidade. Nesta quarta-feira, mais um ônibus foi incendiado na capital paulista, na região do M'Boi Mirim, zona sul do município.

De acordo com a Polícia Militar, um grupo de manifestantes bloqueou a via, obrigando o motorista a parar. Eles pediram para os passageiros descerem e atearam fogo no veículo. A corporação disse não ter informações sobre o motivo do protesto

Apenas ontem, três ônibus foram incendiados e um apedrejado. Dois foram queimados na estrada do M'Boi Mirim, na região do Capão Redondo. Um terceiro veículo foi apedrejado na mesma região por cerca de 15 pessoas, que obrigaram o motorista a sair do ônibus quando passava pela Rua Citeron

Por volta das 23h, outro ônibus foi atacado na rua Desembargador Arlindo Pereira, na região do Itaim Paulista, zona leste, com coquetéis molotov. O motorista e o cobrador conseguiram conter as chamas e o veículo ficou parcialmente destruído. Ninguém se feriu.

Ônibus deixam de circular à noite em pontos de São Paulo
Por conta dos ataques, a SPTrans afirmou nesta que enfrenta dificuldades no transporte coletivo em duas regiões da cidade e que, por isso, ônibus deixaram de circular à noite em alguns pontos da capital paulista. 

Segundo a SPTrans, as áreas onde são registradas dificuldades são o Jardim João XXIII, na zona oeste, e o Jardim Ângela, na zona sul. Desde sábado (25), 10 linhas de ônibus da empresa Transppass, que servem os jardins João XXIII e Educandário, não estão circulando à noite no interior dos bairros, de acordo com a empresa. Os coletivos retornam seis pontos antes da parada final. Nessas linhas são transportadas, diariamente,  pelo menos 80 mil pessoas.

De acordo com a SPTrans, os motoristas desembarcam os passageiros na rodovia Raposo Tavares, entre os quilômetros 15 e 18, e alegam insegurança para seguir o restante do itinerário. Na região, um ônibus foi incendiado desde sábado e motoristas e cobradores afirmam ser vítimas de ameaças. 

Desde as 16h desta terça-feira, quatro linhas operadas pela concessionária VIP e oito linhas da Cooper Pam tiveram suas frotas recolhidas às garagens por determinação das empresas na região do Jardim Ângela. As 12 linhas transportam, diariamente, 120 mil pessoas. 

Do dia 1º de janeiro até as 17h30 de hoje, 28 ônibus municipais foram incendiados; média de um por dia. O número é maior do que o total de ocorrências registradas no primeiro semestre do ano passado, período em que houve 21 coletivos queimados. 

A SPTrans afirmou que solicitou formalmente apoio às autoridades policiais e reforço policial preventivo nos bairros com dificuldades de operação e em toda a cidade “com o objetivo de garantir a segurança e o direito ao transporte público do cidadão paulistano”.

“A SPTrans entende que a Polícia precisa tomar providências para que a situação volte à normalidade e está recorrendo a todas as medidas que estão ao seu alcance para assegurar o transporte dos passageiros de ônibus na cidade”, afirmou a empresa em nota.

Na região do M’Boi Mirim, onde hoje foram atacados três ônibus, dois deles incendiados de acordo com a PM, a SPTrans afirmou que acionou o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese), com 20 coletivos, para atender as linhas que foram recolhidas pela empresa durante a tarde.  

Prejuízos
Segundo o sindicato das empresas de ônibus de São Paulo (SPUrbanuss), cada ônibus destruído represente, em média, um prejuízo de R$ 500 mil, já que o valor dos ônibus de São Paulo gira entre R$ 300 mil e R$1,5 milhão.

Segundo o sindicato, desde o início do ano, os incêndios causaram R$ 13,5 milhões em prejuízo.

O sindicato lamentou os atos de vandalismo e disse que se reuniu, no fim do ano passado, com a Secretaria de Segurança Pública para discutir o tema. "O objetivo foi iniciar uma discussão sobre possíveis medidas que possam ser adotadas para garantir a segurança de passageiros e operadores do transporte urbano, afetados pelas ocorrências de incêndios dos coletivos, e a operação regular do serviço", diz a nota. 

Agência Brasil Agência Brasil
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