André do Rap, Cigarreira e 'olheiro do PCC': quem são os maiores foragidos de SP na lista nacional
Ministério da Justiça lançou nesta segunda, 8, página com a relação dos criminosos mais procurados do Brasil
O megatraficante André Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap, um dos principais chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), é um dos 216 criminosos mais procurados do Brasil. Ele faz parte da nova lista lançada nesta segunda, 8, pelo Ministério da Justiça.
Condenado a 25 anos de prisão por tráfico internacional de drogas, ele completou cinco anos foragido e também é alvo da Difusão Vermelha da Interpol, o mais alto nível de alerta internacional.
De acordo com o Ministério da Justiça, cada Estado indicou oito alvos prioritários com base nos seguintes critérios de risco:
- gravidade e natureza do crime cometido;
- vinculação com organizações criminosas;
- existência de múltiplos mandados de prisão;
- atuação interestadual.
Além dele, o governo de São Paulo também indicou Emilio Gongorra Castilho, conhecido como Cigarreira, apontado como um dos mandantes da morte do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), e um dos traficantes da facção. Segundo apurado pelo Estadão, Castilho também seria o elo entre o PCC e a facção Comando Vermelho, oriunda do Rio de Janeiro.
Kauê do Amaral Coelho, apontado como 'olheiro' do PCC no caso do assassinato de Gritzbach, também faz parte da lista. As defesas dos suspeitos não foram localizadas.
Segundo o Ministério da Justiça, o cadastro poderá ser atualizado semestralmente ou, em casos excepcionais devidamente justificados, a qualquer tempo.
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Sistema de inteligência
Também nesta segunda, o ministro instituiu o Sistema Nacional de Inteligência para Enfrentamento ao Crime Organizado (Orcrim).
A medida cria um repositório estratégico de informações de inteligência voltado ao combate às organizações criminosas.
O novo sistema tem como objetivos promover a integração entre os órgãos de segurança, permitir a interoperabilidade entre bancos de dados e unificar metodologias de identificação de indivíduos ligados a estruturas criminosas.
O acesso será restrito às agências de inteligência da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, das Polícias Civis e Militares dos estados e do Distrito Federal, além das secretarias estaduais de segurança pública e dos sistemas penitenciários.
A governança do Orcrim ficará sob responsabilidade da Senasp, que também definirá normas técnicas para adesão, operação e tratamento de dados.