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AM: incêndio destrói casas de 543 famílias em Manaus

27 nov 2012 - 15h36
(atualizado às 21h24)
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Arnoldo Santos
Direto de Manaus

Órgãos do governo do Amazonas ligados à área social cadastraram 543 famílias que tiveram seus pertences consumidos por um incêndio na manhã desta terça-feira, no bairro São Jorge, zona centro-sul de Manaus. Cerca de 2 mil pessoas, segundo a Defesa Civil Municipal, moram no local. A Secretaria de Ação Social (SEAS) da cidade estima que 300 casas foram destruídas. "Tem casa destruída que tinha mais de uma família. Mas a secretaria vai detectar quantas famílias precisam do auxílio e vamos atender", disse Regina Fernandes, titular da SEAS.

As famílias cadastradas deverão receber auxílio aluguel no valor de R$ 300 por, pelo menos, três meses. A área atingida pelo incêndio está dentro do programa de Saneamento dos Igarapés de Manaus (Prosamim) e, por isso, muitas das famílias que moravam do local já tinham sido cadastradas para receberem indenizações pela desapropriação do imóvel. O período do auxílio aluguel foi definido para dar tempo de as famílias se regularizem junto ao governo para receberem suas indenizações, que partem de R$ 35 mil, dependendo do valor real do imóvel.

Todas as guarnições do Corpo de Bombeiros foram para o local combater as chamas, mobilizando mais de 12 viaturas, cada uma com cerca de seis homens. O fogo só foi contido por volta das 15h (hora de Brasília).

Moradores das palafitas tentaram, desesperadamente, salvar seus pertences. As casas são todas construídas em cima de assoalhos de madeira, cerca de 2 a 3 m acima do solo. Nesta época do ano, o igarapé que passa na área está reduzido a um pequeno córrego, o que permitiu que os moradores jogassem seus pertences nas margens. "Quando cheguei, o fogo estava próximo, só deu pra salvar o som e a televisão", disse o vendedor Itamar Macedo, morador da comunidade há 10 anos. Ele contou que perdeu todos os outros móveis.

As secretarias municipal e estadual de Ação Social mobilizaram caminhões e pessoal para ajudar no recolhimento dos móveis das casas atingidas. Muita gente ficou no meio da rua com camas, colchões, geladeiras e fogões, além de roupas e outros utensílios.

Alguns moradores contaram que o fogo começou com um curto-circuito. Praticamente todas as casas da comunidade usam ligações clandestinas. O acesso ao interior da comunidade é feito somente por passarelas estreitas, também feitas de madeira.

Moradores reclamaram que os bombeiros não tinha mangueiras suficiente para impedir que o fogo se alastrasse. O comando negou essa hipótese.

O fogo atinge a comunidade Artur Bernardes, em Manaus. Cerca de 2 mil pessoas vivem no local
O fogo atinge a comunidade Artur Bernardes, em Manaus. Cerca de 2 mil pessoas vivem no local
Foto: Arnoldo Santos / Especial para Terra
Fonte: Especial para Terra
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