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Campanha entra em reta final com Bolsonaro e Haddad na mira

Ciro, Alckmin e Marina ainda tentam último suspiro

1 out 2018 - 20h11
(atualizado às 20h38)
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A campanha presidencial de 2018 entra em sua última semana antes das eleições com Jair Bolsonaro e Fernando Haddad na mira dos três candidatos que ainda acalentam o sonho de impedir um iminente segundo turno entre PSL e PT.

Haddad foi alvo de seus adversários em debate na Record
Haddad foi alvo de seus adversários em debate na Record
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) apontarão suas armas contra os dois concorrentes que lideram as pesquisas de intenção de voto e terão menos de uma semana para fazer os eleitores voltarem seus olhos para o centro.

A tática ficou clara no debate do último domingo (30), quando os três não pouparam críticas ao ausente Bolsonaro e a Haddad, que vem evitando responder com uma retórica agressiva para não alargar o campo do antipetismo.

"Se o Brasil continuar dividido, a crise só vai aumentar. Tá na hora de unir o país. As pesquisas mostram que ganho com folga tanto do Bolsonaro quanto do PT no segundo turno. Para chegar lá, preciso do seu voto já no próximo domingo", escreveu Ciro no Twitter.

"Os radicais sempre estiveram juntos votando pelo atraso do Brasil. Ele não. Nem o outro", reforçou Alckmin na mesma rede social, junto com um vídeo do debate do último domingo. A semana terá pesquisas diárias de Ibope ou Datafolha e o debate mais aguardado da corrida presidencial, em 4 de outubro, na TV Globo.

O confronto na emissora de maior audiência do país será provavelmente a última oportunidade para os perseguidores de Bolsonaro e Haddad tentarem reverter um cenário cada vez mais definido - a presença do deputado federal no debate ainda é incerta.

Líderes

Os candidatos de PSL e PT, por sua vez, terão como desafio conter uma rejeição que inviabilizaria a vitória de ambos em outro contexto. Bolsonaro, segundo o último Datafolha, é rejeitado por 46% dos eleitores; Haddad, por 32%.

Dilma Rousseff, em 2014, venceu a eleição presidencial mais apertada desde o retorno da democracia com índice de rejeição pouco superior a 30%. Os dois também podem ter de conter danos causados por seus aliados.

A delação premiada de Antonio Palocci, que revela propinas milionárias à campanha de Dilma e acusa Lula de saber da corrupção na Petrobras desde 2007, deve virar um problema para Haddad, ungido candidato pelo ex-presidente.

Bolsonaro, por sua vez, teve de mandar seu vice, general Hamilton Mourão, "ficar quieto" e evitar declarações que possam prejudicar sua campanha, como aquela na qual defendeu o fim do 13º salário e do adicional de férias. Paulo Guedes, o guru econômico de um candidato que diz abertamente não entender nada de economia, sumiu após ter falado em voltar com a CPMF.

Haddad também buscará ampliar seu eleitorado no Sul-Sudeste, fortaleza do antipetismo, enquanto Bolsonaro tentará conquistar mais votos entre as mulheres, após as manifestações que levaram dezenas de milhares de eleitoras às ruas no último sábado (29). 

Ansa - Brasil   
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