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Bolsonaro nomeia Ernesto Araújo como chanceler

14 nov 2018 - 18h54
(atualizado às 19h01)
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Diplomata de carreira é o atual diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty. Indicado nunca chefiou uma embaixada e fez campanha pelo presidente eleito.O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) indicou nesta quarta-feira (14/11) Ernesto Araújo para assumir o Ministério das Relações Exteriores. O diplomata é o atual diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty.

"A política externa brasileira deve ser parte do momento de regeneração que o Brasil vive hoje. Informo a todos a indicação do embaixador Ernesto Araújo, diplomata há 29 anos e um brilhante intelectual, ao cargo de Ministro das Relações Exteriores", anunciou Bolsonaro, em sua conta no Twitter.

De Porto Alegre, Araújo, de 51 anos, é formado em Letras. Pelo Itamaraty, ele serviu na Alemanha, Canadá e Estados Unidos. O diplomata, porém, nunca chefiou uma embaixada. Segundo o jornal Folha de São Paulo, diante desta falta em seu currículo, a indicação causou estranhamento no órgão por quebrar um protocolo para a escolha de um ministro que era um funcionário de carreira.

Araújo mantinha um blog no qual fez campanha aberta para Bolsonaro, chegou a chamar o PT de "Partido Terrorista" e dizia querer libertar o mundo da "ideologia globalista".

Em coletiva ao lado de Araújo, Bolsonaro afirmou que escolheu o diplomata pelo seu perfil e pela sua experiência. "Obviamente, [o ministro terá de] motivar o Ministério das Relações Exteriores, incrementar a questão de negócios no mundo todo sem viés ideológico de um lado ou de outro e ter iniciativa", destacou o presidente eleito.

O diplomata prometeu, por sua vez, promover uma política de interesse nacional e tornar o Brasil um país atuante, próspero e feliz. "Temos relações excelentes com todos os parceiros para incrementar as parcerias em benefício de todos e do povo brasileiro, sobretudo", acrescentou.

Mesmo antes de tomar posse, Bolsonaro já causou atritos no exterior, colocando em xeque alguns dos pilares de décadas da diplomacia brasileira. O presidente eleito fez declarações contra a China, maior parceiro comercial do Brasil; prometeu transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, o que irritou países árabes, levando o Egito a cancelar a viagem que o ministro Aloysio Nunes faria ao país; e demonstrou desprezo pelo Mercosul.

Diante das polêmicas, a escolha de um nome para assumir o Itamaraty era uma das prioridades desta semana da equipe de transição.

Araújo é o oitavo ministro anunciado para o novo governo. Além dele, já foram indicados Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Tereza Cristina (Agricultura), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

Bolsonaro também anunciou o nome do economista e ex-ministro Joaquim Levy para presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

CN/ots

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