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'Bolsonaro acha que está blindado', diz Renan sobre orçamento secreto

Relator da CPI da Covid critica esquema montado pelo governo para obter apoio ao liberar R$ 3 bi a parlamentares aliados

10 mai 2021 - 23h41
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BRASÍLIA - O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), criticou nesta segunda-feira, 10, o esquema montado pelo governo de Jair Bolsonaro para conquistar apoio no Congresso por meio de um orçamento secreto de R$ 3 bilhões, como revelou o Estadão. "O presidente acha que vai se blindar pelo orçamento. Nunca se viu na questão orçamentária o que está acontecendo hoje", afirmou o senador.

O caso não apenas será alvo de investigação no Ministério Público e no Tribunal de Contas da União (TCU) como deputados já começaram a coletar assinaturas para a criação da "CPI do Tratoraço". É necessário o apoio de 171 parlamentares para que o requerimento chegue ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL). O Estadão mostrou que Bolsonaro entregou para um grupo de deputados e senadores o direito de impor onde seriam aplicados bilhões de reais, provenientes de uma nova modalidade de emendas, chamada RP9.

Renan disse que Bolsonaro dá "muita importância" à CPI, mas há uma "questão paralela" a se verificar, que é a do orçamento secreto.

A CPI da Covid terá novos depoimentos nesta semana que podem causar dor de cabeça ao Palácio do Planalto. Nesta terça-feira, 11, os senadores vão ouvir o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, e, na quarta, 12, o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fabio Wajngarten.

O depoimento de Wajngarten é aguardado com expectativa porque ele já demonstrou ter uma artilharia pronta contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Em entrevista à revista Veja, o ex-secretário afirmou que o general foi responsável por atrasar a aquisição de vacinas da Pfizer.

"Fala-se que o governo queria a imunização de rebanho, que as pessoas pegassem logo, por isso teria estimulado aglomeração. Não queria vacina, queria cloroquina e o tratamento precoce. O Fabio (Wajngarten) talvez tenha sido a pessoa que começou efetivamente a conversar (no governo) com relação às vacinas", afirmou Renan ao Estadão.

Estadão
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