Acusados pela morte de Marco Antônio Becker são absolvidos por unanimidade
Antes desta decisão, quatro dos denunciados já haviam sido absolvidos por falta de provas
Os três acusados de envolvimento na morte do médico oftalmologista Marco Antônio Becker foram absolvidos por unanimidade nesta semana pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre. A decisão foi tomada por 3 votos a 0, após o tribunal entender que não havia provas suficientes para a condenação.
Becker, que era vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), foi assassinado em dezembro de 2008, no bairro Floresta, na Capital. Segundo a denúncia, ele foi atingido por disparos feitos por dois homens em uma motocicleta enquanto estava dentro de seu carro, na Rua Ramiro Barcelos. Ao todo, oito pessoas chegaram a ser denunciadas pelo Ministério Público Federal.
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O processo começou na Justiça estadual, mas foi transferido para a esfera federal pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A mudança foi motivada pela suspeita de que o crime teria relação com a atuação de Becker no Cremers e com sua suposta influência no Conselho Federal de Medicina. Antes desta decisão, quatro dos denunciados já haviam sido absolvidos por falta de provas.
Marco Antônio Becker teve uma trajetória de destaque na Medicina gaúcha e nacional. Nascido em Lomba Grande, então distrito de Novo Hamburgo, formou-se pela UFRGS em 1973 e construiu carreira internacional, com passagens por instituições na Espanha, França, Senegal e Arábia Saudita. De volta ao Brasil, foi presidente-fundador da Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul e presidiu a Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs). Além disso, ocupou cargos importantes no Conselho Federal de Medicina (CFM) e no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), onde foi presidente por dois mandatos e, em outubro de 2008, assumiu a vice-presidência.
