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'A posição da PM não é a favor de um lado e nem de outro', diz Doria

Governador afirma que pediu a Prefeitura que atos na Paulista, de grupos de opiniões distintas, sejam realizados em dias diferentes

1 jun 2020 - 13h22
(atualizado às 13h24)
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O governador João Doria (PSDB) afirmou que pediu à Prefeitura de Sao Paulo que atos na Avenida Paulista, de grupos de opiniões distintas, sejam realizados em dias diferentes. "O governo de São Paulo volta a repetir que irá garantir o direito de manifestação, seja qualquer um que estiver se manifestando. Mas ninguém tem direito de agredir. Por isso, a decisão de orientar que, tanto as manifestações pró-governo Bolsonaro e pró-democracia, para que façam em dias distintos, com acompanhamento e proteção da PM. A posição da PM não é a favor de um lado e nem de outro", disse Doria em entrevista coletiva para anunciar medidas de combate ao coronavírus.

Governador João Doria (PSDB) em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes
Governador João Doria (PSDB) em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes
Foto: Divulgação/Governo de São Paulo / Estadão

Um ato contra o governo Jair Bolsonaro, autointitulado pró-democracia e antifascista e organizado por grupos ligados a torcidas de futebol terminou em confronto entre manifestantes e apoiadores do presidente, que também faziam uma manifestação em frente ao prédio da Fiesp. A PM interveio e usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o início de uma briga em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).

"Nem todos foram à Paulista para se manifestar serenamente. Houve provocações e agressões e desandaram no que vimos. Nossas forças de segurança agem para proteger as pessoas e evitar o conflito e a violência", disse o secretário estadual da Segurança, João Camilo Pires de Campos. A confusão, que durou ao menos uma hora, tomou conta da via e deixou um rastro de destruição: vidros quebrados, caçambas de lixo e entulho revirados e fogo ateado em objetos no meio da via. Seis pessoas foram detidas.

"Quero registrar que estamos assistindo a um momento difícil da vida do País. Tudo que não precisamos neste momento é de confronto. Ele não fortalece a democracia e fortalece um discurso autoritário, que pede a volta da ditadura no Brasil. Aqui, não. Já vivemos a pior crise de saúde do século, a mais grave crise social e econômica, e a maior agressão à democracia dede 64. O Brasil não pode suportar isso. Temos de estar unidos para combater o vírus", afirmou o governador.

'O presidente passeia a cavalo enquanto a pandemia galopa'

Doria voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro, que no domingo participou, em um cavalo, de um ato a favor do seu governo em Brasília. "Qual o sentido de um presidente desfilar a cavalo em meio a 30 mil mortos pelo coronavírus? Mais de 500 mil brasileiros adoentados. O presidente passeia a cavalo enquanto a pandemia galopa, e a crise econômica segue sem rédeas", afirmou. "Bolsonaro não é presidente apenas de bolsonaristas, tem que ser o presidente de todos os brasileiros. A hora não é de divisão. É de união e pela paz e vida de milhões de brasileiros."

Estadão
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