Reality fenômeno de drags ganha 2ª temporada no Brasil: 'As pessoas têm medo, mas queremos mostrar arte'
Drag Race Brasil estreia nesta quinta-feira, 10, na plataforma de streaming WOW
A segunda temporada de Drag Race Brasil estreia dia 10 na plataforma WOW, trazendo mais diversidade, representatividade e reforçando a arte drag como forma de visibilidade e entretenimento.
Em 2009, a drag queen RuPaul estreou um reality show que se tornaria um fenômeno em todo o mundo: o RuPaul’s Drag Race, uma competição de drags em busca da coroa de melhor artista. Com franquias na Oceania, França, Tailândia, Filipinas e mais países, a versão brasileira ganha uma segunda temporada com mais diversidade.
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Assim como na primeira temporada, a apresentação é de Grag Queen, que ganhou uma competição global de drags cantoras. “É como repetir o bofe, a gente já sabe o que gosta. A gente ainda tem um encantamento e tem a benção de fazer a segunda temporada, isso reverbera na facilidade de fazer”, afirmou em entrevista ao Terra.
O reality segue um formato de competição, com uma participante eliminada a cada episódio. Durante a temporada, elas enfrentam desafios que testam diferentes habilidades, como costura, dança, canto e humor.
Para julgar o desempenho das queens, Grag conta com a ajuda dos jurados fixos, a humorista Bruna Braga e a estilista e apresentadore Dudu Bertholini, e uma celebridade como jurada convidada a cada episódio.
“O impacto desse programa vai além dele. É uma plataforma de visibilidade e fortalecimento da arte drag, da arte queer e da comunidade LGBTQIAPN+", afirma Dudu.
A jurade também comenta como é a experiência no trabalho. “O que eu mais levo em consideração é a autenticidade. Não é sobre ser a melhor em tudo, mas é sobre conseguir ser a sua melhor versão em cada um dos desafios.”
A segunda temporada conta com 10 drag queens competindo em busca da coroa. Mercedez, natural de São Paulo, destaca a importância do programa em projetar as queens para todo o país e ajudá-las a conquistar um público maior, além das cidades onde geralmente se apresentam.
“O Drag Race Brasil eleva a arte drag. Isso abre portas e faz com que o Brasil assista às drags e humanize a gente. As pessoas têm medo das drag queens e não entendem que nosso trabalho é arte, tudo o que a gente quer é entregar arte e entretenimento”, destaca.
Entre as polêmicas da franquia Drag Race, está o fato de que mulheres trans não podiam se inscrever na competição. Isso mudou ao longo dos anos e, na segunda temporada do Drag Race Brasil, há duas travestis entre as competidoras, Mellody Queen e Chanel.
“É um abrir de portas muito incrível. Ter uma segunda temporada e colocar duas mulheres trans para mostrar essa potência é mais que necessário. Muitas mulheres trans e travestis morreram e deram a cara a tapa para serem resistência. A arte drag foi pioneira de mulheres trans e ter essa representatividade em uma plataforma mundial é um extremo orgulho”, defende Mellody.
Drag Race estreia nesta quinta-feira, 10, na plataforma de streaming WOW.