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Polícia investiga caso de agressão e preconceito racial contra adolescente em escola do interior de SP

Delegacia da cidade atua para esclarecer os fatos; pais de estudantes envolvidos alegam que não houve violência contra a colega e também registram boletim de ocorrência

21 mar 2024 - 14h59
(atualizado às 16h51)
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Adolescentes chamaram menina de 12 anos de "macaca" e "cabelo de bombril"
Adolescentes chamaram menina de 12 anos de "macaca" e "cabelo de bombril"
Foto: Reprodução/EMEB Prof.ª Hebe de Almeida

A Polícia Civil do Estado de São Paulo está investigando uma agressão contra uma estudante de 12 anos da EMEB Prof.ª Hebe de Almeida Leite Cardoso, que fica em Novo Horizonte, município do interior paulista.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), o caso foi registrado como preconceito de raça ou de cor, perseguir e vias de fato pela delegacia da cidade que atua para esclarecer os fatos. "Mais detalhes serão preservados por envolver menor de idade", disse a pasta.

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Entenda o caso

No dia 11 de março deste ano, a mãe da adolescente de 12 anos compareceu com a filha até a delegacia de Novo Horizonte no fim da tarde informando que na data em questão a estudante havia sido agredida por cinco alunos da escola onde cursa o sétimo ano do ensino fundamental no período da manhã. O caso foi registrado como preconceito de raça ou de cor.

No boletim de ocorrência, consta que a menina foi agredida e jogaram terra, fezes de gato e água em seu corpo e no seu uniforme, além de derrubá-la no chão e pisotearem em seu corpo, fato que resultou em lesão no rosto da vítima.

Também está presente no documento a informação de que os adolescentes ofensores chamam a filha da declarante de "macaca", "cabelo de bombril" e de "chocolate". A mãe da estudante representou contra os adolescentes e também solicitou medidas protetivas a fim de que eles não se aproximem dela. A solicitação foi encaminhada ao Poder Judiciário e a genitora se comprometeu a levar a documentação médica referente ao atendimento prestado à sua filha no dia em questão.

Posteriormente, em boletim de ocorrência elaborado na tarde do dia 15 de março, o responsável por uma das adolescentes que foi acusada compareceu com ela na delegacia de polícia da cidade para narrar a versão deles do acontecido. O caso foi registrado como calúnia.

Consta no documento que os adolescentes ao saírem da escola jogaram água e terra como forma de brincadeira de costume da região pelo fato de ter sido no dia anterior aniversário da estudante, cuja família fez a denúncia de agressão. Da mesma forma como tinham feito com outro colega do mesmo grupo anteriormente.

Segundo o documento, a própria adolescente havia dito ter sido seu aniversário e que os colegas poderiam sujá-la. No entanto, depois da brincadeira, os adolescentes ficaram sabendo que o aniversário da colega havia sido no mês anterior.

Após o ato, a mãe da estudante, que fez a denúncia, publicou nas redes sociais que sua filha havia sido atacada na porta da escola e que a adolescente sofria bullying por causa da sua cor e do seu cabelo. Publicou fotos da adolescente com a roupa suja, conforme consta no boletim de ocorrência da parte dos envolvidos.

No mesmo dia 15, outro boletim de ocorrência foi registrado também como calúnia por parte da mãe de outro adolescente acusado de agredir a colega. No depoimento, a mãe cita que em nenhum momento o filho dela ofendeu ou agrediu a colega.

Recentemente, a prefeitura de Novo Horizonte publicou nas redes sociais uma mensagem dizendo que prioriza o bem estar de todos os seus alunos.

"Estamos cientes da gravidade do caso exposto em rede social. Por isso estamos resolvendo essa questão da melhor maneira possível junto com as famílias", publicou a administração municipal.

Estadão
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