Justiça nega prisão preventiva de empresário suspeito por importunar nutricionista em elevador no CE
O empresário Israel Bandeira Neto terá que usar tornozeleira eletrônica, dentre outras medidas cautelares
O Tribunal de Justiça do Ceará negou o pedido de prisão preventiva do empresário Israel Leal Bandeira Neto suspeito de importunação sexual, mas determinou medidas cautelares para serem cumpridas por ele.
O Tribunal de Justiça do Ceará negou, nesta terça-feira, 16, o pedido de prisão preventiva para o empresário Israel Leal Bandeira Neto, suspeito de importunação sexual contra uma nutricionista. Ele foi flagrando apalpando as nádegas de Larissa Duarte, quando ela deixava o elevador de um prédio comercial.
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Segundo a decisão, acessada pelo jornal cearense O Povo, a Justiça considerou que há provas da materialidade do crime e indícios suficientes da autoria de Israel, porém, não teriam elementos suficientes para o encarceramento do suspeito neste momento. O pedido de prisão preventiva foi feito pelo Ministério Público do Ceará.
A Justiça, no entanto, determinou uma série de medidas cautelares para serem cumpridas por Israel. Dentre elas está o uso de tornozeleira eletrônica. Confira todas as medidas:
- O empresário deverá comparecer mensalmente na sede da Coordenadoria de Alternativas Penais para informar e justificar suas atividades;
- Está proibido de acessar bares, restaurantes, festas, shoppings, academias de ginástica, shows ou eventos com aglomeração, para evitar o risco de novas infrações;
- Proibido de manter contato, por qualquer meio, ou se aproximar da vítima e familiares
- Proibido de se ausentar da Comarca de Fortaleza ou de mudar de endereço, sem prévia comunicação ao juízo e à Central de Alternativas Penais;
- Deve usar tornozeleira eletrônica.
Para a vítima que o denuncia, porém, as medidas não foram suficientes. Em um vídeo, Larissa Duarte disse que ficou com a sensação de impunidade com a decisão.
"No meu caso, aconteceu em um prédio comercial. Eu estava trabalhando, foi às 11 horas da manhã e nada dessas medidas foi capaz de impedir o que aconteceu. Essas outras duas vítimas foram importunadas sexualmente em um prédio residencial", disse, se referindo ao caso de mãe e filha que também denunciaram Israel pelo mesmo crime.
O Terra não encontrou a defesa de Israel Bandeira para pedir um posicionamento. O espaço permanece aberto.