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'Deus me livre de mulher CEO', diz empresário Tallis Gomes; alvo de críticas, ele pede desculpas

O episódio ocorreu na semana passada em meio a uma troca de mensagens no Instagram, em que Gomes compartilhou suas opiniões sobre o papel da mulher no mercado de trabalho e em casa

20 set 2024 - 12h47
(atualizado às 15h06)
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Tallis Gomes, presidente da G4 Educação, foi alvo de críticas nas redes sociais após fazer comentários considerados ofensivos e machistas sobre mulheres em posições de liderança.

Tallis Gomes, presidente da G4 Educação, causou polêmica com comentários considerados machistas –
Tallis Gomes, presidente da G4 Educação, causou polêmica com comentários considerados machistas –
Foto: Divulgação / Perfil Brasil

O episódio ocorreu na semana passada em meio a uma troca de mensagens no Instagram, em que Gomes compartilhou suas opiniões sobre o papel da mulher no mercado de trabalho e em casa.

Em uma publicação nos stories do Instagram, Gomes afirmou: "Ontem, eu errei feio num texto aqui no Instagram. E quero reconhecer o erro e pedir desculpas. Muitas mulheres se sentiram machucadas pelas minhas palavras, e eu estou profundamente chateado por ter magoado essas pessoas".

Ele ainda reconheceu que suas palavras foram infelizes ao expressar preferências pessoais sobre o tipo de pessoa que deseja ao seu lado.

Comentários polêmicos de Tallis Gomes

Na quinta-feira (19), Gomes respondeu à pergunta "Se sua mulher fosse CEO de uma grande companhia, vocês estariam noivos?" com "Deus me livre de mulher CEO".

O empresário comentou que, "salvo raras exceções", mulheres em cargos de liderança passam por um "processo de masculinização". Essa resposta gerou um grande alvoroço nas redes sociais.

Gomes ainda argumentou que esse processo de masculinização colocaria os interesses da casa e da família em segundo plano. "Essa mulher vai passar por um processo de masculinização que invariavelmente vai colocar meu lar em quarto plano, eu em terceiro plano e os meus filhos em segundo plano", disse ele.

Reações nas redes sociais

Os comentários de Tallis Gomes rapidamente viralizaram, provocando indignação e reações de diversas executivas e influenciadoras. Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, foi uma das que se manifestou contrariamente aos comentários de Gomes. Em seu perfil no LinkedIn, Trajano destacou que "não concorda em nada com o posicionamento" de Gomes. "Criei três filhos trabalhando muito, inclusive como CEO do Magalu. Soube cuidar deles e dos idosos da família", disse Trajano.

Renata Vieira, diretora comercial e de marketing da Reckitt, também expressou desaprovação em sua rede social, Rafaela Rezende, general manager da VTex no Brasil, e Claudia Meirelles, diretora de recursos humanos da Itaúsa, foram outras executivas que se posicionaram sobre o tema.

Como a G4 Educação se posicionou?

A G4 Educação, empresa cofundada por Tallis Gomes, também emitiu um comunicado oficial desaprovando as declarações do CEO. Em sua nota, a G4 enfatizou que as palavras de Gomes não refletem os valores e a história da companhia.

"Essas palavras não representam o pensamento do G4 e muito menos a história da nossa empresa. O próprio Tallis entendeu o seu erro e pediu desculpas públicas", afirmou a empresa.

Retratação

Gomes usou novamente as redes sociais para se retratar. Ele informou que a Singu, empresa que fundou antes da G4 Educação, retirou "dezenas de milhares de mulheres de situação de violência familiar e subemprego". Também destacou que uma de suas sócias na G4 Educação, Maria Isabel Junqueira Fonseca Antonini, é uma mulher e que a empresa se orgulha de contar com uma força de trabalho composta, em grande parte, por mulheres competentes.

Encerrando sua declaração, Gomes reforçou que suas palavras não refletem o que a G4 é como empresa e pediu desculpas mais uma vez. "O lugar das mulheres é onde elas quiserem estar. Seja na vida pessoal, seja no mercado de trabalho. Mais uma vez, desculpas", finalizou.

Não surpreende e não choca ninguém, mas é importante falar:

Tallis Gomes, CEO de venda de cursos que postou "Deus me livre de mulher CEO" é um dos Faria Limers apoiadores de Pablo Marçal.

E você já se perguntou porque tem gente na Faria Lima apoiando quem não tem capacidade nenhuma de governar? +👇🏽

— 𝗔𝗠𝗔𝗡𝗗𝗔 𝗣𝗔𝗦𝗖𝗛𝗢𝗔𝗟 🏳️‍⚧️ 𝟱𝟬𝟳𝟬𝟬 (@amandapaschoal.bsky.social) 20 de setembro de 2024 10:51

Perfil Brasil
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