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Caso Marielle: o que se sabe até agora sobre a delação de Ronnie Lessa

Ex-policial militar do Rio de Janeiro é apontado como o executor da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes

24 jan 2024 - 14h51
(atualizado às 15h45)
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PF nega acordo para nova delação no caso Marielle
PF nega acordo para nova delação no caso Marielle
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

RIO - O ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF), segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo. A delação de Lessa ainda precisa ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em nota divulgada na noite de terça-feira, 23, a Polícia Federal informou que, até o momento, ocorreu apenas uma delação premiada nas investigações do caso envolvendo o assassinato de Marielle e Anderson, a de Élcio Queiroz, que conduziu o veículo usado no dia do crime.

"A Polícia Federal informa que está conduzindo há cerca de onze meses as investigações referentes aos homicídios da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes. Ao longo desse período, a Polícia Federal trabalhou em parceria com outros órgãos, notadamente o Ministério Público, com critérios técnicos e o necessário sigilo das diligências realizadas. Até o momento, ocorreu uma única delação na apuração do caso, devidamente homologada pelo Poder Judiciário", informou a PF.

O advogado Márcio Palma, que defende Brazão, diz que, por mais de uma ocasião, pediu acesso à investigação, tendo seus pedidos sido negados, "motivo pelo qual desconhece o teor dos elementos contidos no inquérito".

"Para além de tais informações, esclarece não conhecer os personagens da trama delituosa. Esclarece, ainda, que jamais teve qualquer envolvimento com eles e tampouco relação com os fatos. Diante das especulações que buscam envolvê-lo no delito, destaca que as matérias apresentam razões inverossímeis para tentar lhe trazer para o bojo das investigações, evidenciando assim a inexistência de motivação que possa lhe vincular ao caso. Por fim, coloca-se à disposição para todo esclarecimento e espera que os fatos sejam concretamente esclarecidos, de modo a encerrar a tentativa de lhe associar ao trágico enredo", diz por nota enviada ao Estadão.

Em entrevista ao Globo publicada nesta quarta-feira, 24, Brazão afirmou que o ex-policial militar do Rio "deve estar querendo proteger alguém" ao citá-lo em delação premiada como mandante do crime.

"Lessa deve estar querendo proteger alguém. A polícia tem que descobrir quem. Nunca fui apresentado à Marielle, ao Anderson, nem tampouco a Lessa e Élcio de Queiroz. Jamais estive com eles. Não tenho meu nome envolvido com milicianos. A PF não irá participar de uma armação dessas, porque tudo que se fala numa delação tem que ser confirmado", disse.

Anielle e viúva de Marielle se manifestaram

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial e irmã da vereadora Marielle, cobrou, nesta terça-feira, a resolução do crime. Em uma publicação no X, Anielle disse que "é um dever do Estado brasileiro" responder quem mandou matar a vereadora e o motorista e por quê.

"Recebi as últimas notícias do caso Marielle e Anderson e reafirmo o que dizemos desde que a tiraram de nós: não descansaremos enquanto não houver justiça", publicou no X.

Viúva de Marielle, Mônica Benício também se manifestou após o suposto acordo entre Ronnie Lessa e a Polícia Federal. Em nota divulgada nas redes sociais nesta terça-feira, Mônica diz que a família aguarda que a delação de Lessa "apresente de fato novos elementos probatórios que representem um avanço significativo na busca por justiça".

"É necessário ressaltar que, até o momento, não houve atualizações oficiais por parte das autoridades envolvidas, e a delação ainda precisa ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça para confirmar sua validade", escreveu.

Estadão
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