Script = https://s1.trrsf.com/update-1723493285/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

"A gente é sempre trocada por uma mulher branca", diz atriz afro-indígena de 'Renascer'

Mell Muzzillo, de 18 anos, disse que demorou para perceber que isso era racismo

17 mai 2024 - 15h37
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
A atriz afro-indígena Mell Muzzillo, intérprete de Ritinha na novela 'Renascer', da Globo, revelou que já foi trocada por uma mulher branca em um relacionamento e que já sofreu preconceito no balé.
Mell Muzzillo também já sofreu preconceito no balé
Mell Muzzillo também já sofreu preconceito no balé
Foto: Reprodução: Instagram/mellmuzzillo

A atriz afro-indígena Mell Muzzillo, 18 anos, intérprete de Ritinha na novela "Renascer", da TV Globo, já foi trocada por uma mulher branca, assim como sua personagem. Na trama, o companheiro de Ritinha, Damião (Xamã), tem um caso com Eliana (Sophie Charlotte).

De acordo com Mell, ela demorou para entender que o que aconteceu com ela, na verdade, era racismo. "Na época, não sabia que era racismo. Mas é como acontece com a Ritinha na novela. A gente é sempre trocada por uma mulher branca", afirmou ao jornal Extra.

Quem são os atores indígenas da 2ª fase de "Renascer” Quem são os atores indígenas da 2ª fase de "Renascer”

A história da personagem Ritinha, segundo ela, é um retrato do que acontece na vida real. "A traição mais nojenta que existe, aquela que rola no local de trabalho, debaixo do nariz dela. Se acontecesse comigo, eu terminaria logo e não colocaria a culpa somente na Eliana. Minha raiva toda eu iira descontar no meu marido. E sairia dessa situação, porque ninguém merece. Se quisesse dar o troco, daria depois", disse ela, garantindo que nunca perdoaria uma traição.

Racismo no balé

Mell ainda contou que, mais nova, queria ter "o cabelinho louro e os olhos claros" para se encaixar no padrão da sociedade. Ela, que já fez aulas de balé no Theatro Municipal, sofreu preconceito na dança.

"Por ser uma dança padronizada, o balé era o lugar onde eu mais me sentia estranha. Escutava: 'Você nem tem cara de bailarina'. Para eles, só as meninas magras e branquinhas tinham cara de bailarina", explicou.

Fonte: Redação Nós
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade