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Restos do Kursk representam dilema para os russos

Segunda, 21 de agosto de 2000, 12h35min
Os restos do submarino nuclear Kursk, encalhado no fundo do mar de Barents, representam um problema para as autoridades russas que devem decidir entre realizar uma titânica operação para trazê-lo de volta à superfície ou instalar uma proteção para evitar um vazamento nuclear.

Após o anúncio oficial da morte dos 118 tripulantes presos no submergível, imediatamente surgiu a questão do que se fazer com os restos da embarcação. Pouco depois do anúncio do acidente, o chefe do Estado-Maior da marinha russa, o almirante Vladimir Kuroiedov, mencionou um projeto tão espetacular quanto hipotético de remontar o submergível.

Seria o caso de se trazer à tona um submarino que, inundado, pesa 24 mil toneladas, e tem 155 metros de comprimento, com a ajuda de cabos amarrados a plataformas ou a balões de ar gigantes.

O escritório de estudos Rubin de São Petersburgo, que projetou o submarino, foi encarregado de elaborar um plano para removê-lo do fundo.

Mas o próprio vice-primeiro-ministro russo, Ilia Klebanov, encarregado da investigação sobre o acidente, reconheceu que tal projeto seria entravado por enormes de dificuldades técnicas, que a Rússia seria incapaz de superar sem ajuda estrangeira. "Ninguém pode realizar sozinho um projeto dessa envergadura", afirmou Klebanov, revelando também que a Rússia planeja "pedir ajuda externa".

Especialistas britânicos disseram hoje que, além das dificuldades técnicas que apresenta, uma operação com estas características seria extremamente perigosa, e com um custo exorbitante. "Em geral, os restos são deixados no fundo, como cemitérios submarinos", explicou Joanna Kidd, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, sigla em inglês).

"E não estamos certos do estado" do reator nuclear. "Remontar o submarino poderia causar danos ao reator, e trazer mais problemas do que abandoná-lo" no fundo, disse a analista.

O jornal russo Segodnia lembrou do perigo de a carcaça se romper durante a operação. A imprensa russa considera hoje que é muito mais provável que o Kursk permaneça simplesmente no fundo do mar, "conservado" para evitar vazamentos radioativos.

Os cientistas russos elaboraram técnicas para transformar o submarino em sarcófago. Dessa forma, todas as fissuras e brechas serão tapadas com a ajuda de materiais especiais, relatou o jornal Vedomosti. Também um membro da Comissão de Investigação sobre o acidente, citado pelo Segodnia, considerava que o Kursk ficará no fundo do mar e que "o compartimento onde se encontra o reator nuclear será fechado hermeticamente".

O submarino nuclear afundou com 24 mísseis a bordo, nenhum dos quais com ogiva nuclear. Moscou assegurou que o reator não apresenta nenhum perigo de contaminação radioativa em centenas de anos.

No entanto, vários especialistas militares se mostraram muito mais pessimistas, lembrando que o reator, mesmo parado, pode continuar representando perigo.

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Copyright 2000 AFP

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