MUNDO
  Últimas     Notícias     Mundo     Brasil     Economia     Esporte     Informática     Revistas
Domingo, 27/7/2025

INDICADORES
» Cotação do dólar
» Outros indicadores
BOLSA DE VALORES
» Consulte uma cotação
» Bolsas
BASTIDORES
» Claudio Humberto
JORNAIS DA REDE
» Manchetes do dia
PREVISÃO DO TEMPO

» Imagem do satélite
SERVIÇOS
» Agenda
» Cotação de Automóveis
» Empregos
» Horóscopo
» Loterias
» Imposto de Renda
BUSCA
» Busca em notícias
» Busca na Internet

Leia carta de um dos tripulantes do Kursk para sua mãe

Segunda, 21 de agosto de 2000, 13h15min
"Estou bem, trabalho como cozinheiro e acabo de receber meu diploma de submarinista", escreveu à mãe numa emotiva carta datada de 23 de julho um dos 118 tripulantes do submarino russo Kursk, encalhado desde 12 de agosto no mar de Barents.

A carta, publicada hoje pelo jornal The Guardian, pertence ao submarinista Serguei Vitchenko, que se desculpa por não a ter escrito antes. "Estávamos em alto-mar e agora estamos no porto, embarcando mísseis", explica. "Quando terminarmos, voltamos ao mar e logo regressaremos a Severomorsk para o desfile militar", conta. "Tentarei lhe enviar esta carta amanhã", escreveu.

"Estou bem. Finalmente me permitiram trabalhar como cozinheiro, ainda mais na adega", continua Serguei Vitchenko. Na mesma carta, obtida por um jornalista do jornal britânico em Murmansk, o tripulante do Kursk destaca que os cozinheiros gozam de alguns privilégios como por exemplo estar "autorizados a tomar banho todos os dias e dormir 12 horas por noite".

O jovem marinheiro, que segundo o Guardian tinha 20 anos, faz algumas brincadeiras com a mãe, Valentina Avelene, ao saber que ela havia conseguido a carteira de motorista. "Então, agora você pode mesmo dirigir um carro? Para ser honesto, mamãe, não consigo te imaginar ao volante. Não vejo a hora de que me mande uma foto dirigindo..."

A carta logo adquire um tom sério. Serguei conta à mãe que obteve o diploma de submarinista. "Estávamos a 100 metros, mas nosso navio pode descer muito mais. Até 480 metros (de profundidade), não é problema", conta.

E para festejar a obtenção do diploma, ele conta: "fomos convocados ao posto do comandante, onde todos bebemos um copo de água do mar. Depois recebemos um certificado e o comandante nos apertou a mão. "Mas - acrescenta - depois de beber a água do mar, ficamos com mal-estar".

"Adeus, gosto muito de você e estou com saudades, me escreva", conclui Serguei Vitchenko na carta, publicada na íntegra numa reportagem do Guardian, junto com uma fotografia.

Leia mais:
» Rússia divulga informações falsas sobre acidente
» Restos do Kursk representam dilema para os russos
» Retirada de corpos do Kursk levará pelo menos um mês
» Encontrados restos de outro submarino perto do Kursk
» Habitantes de Murmansk denunciam obsessão pelo segredo
» Encontrado o primeiro cadáver de tripulante do Kursk
» Tristeza e raiva tomam conta da Rússia
» Rússia pede ajuda à Noruega para recuperar corpos
» Noruegueses vão continuar ajudando no resgate
» Comando militar russo confirma que não há sobreviventes
» Equipe norueguesa declara tripulação do Kursk morta
» Putin já sabia da morte da maioria dos tripulantes
» Rússia dará US$ 54 mil para vítimas do submarino
» Minissubmarino inglês não será usado no resgate do Kursk
» Mergulhadores conseguem abrir escotilha do submarino russo
» Rússia pede oficialmente intervenção britânica
» Principais notícias sobre o submarino nuclear russo
» Principais acidentes de submarinos nucleares
» Brasil prepara submarino nuclear
» Veja a animação

Copyright 2000 AFP

Volta

Todos os direitos de reprodução e representação reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

 

Copyright© 1996 - 2000 Terra Networks, S.A. Todos os direitos reservados. All rights reserved.