O mercado automotivo francês vai tão mal que eles estão apostando de vez no leasing social
Depender da ajuda do governo (ou seja, do dinheiro dos franceses) para tentar socorrer o mercado automotivo, que não consegue sair do buraco, é algo sintomático de um setor que vive uma fase complicada. A França não é a única nessa situação na Europa, mas tem um trunfo nas mãos: o leasing social. Ainda assim, isso mais parece um curativo em uma ferida aberta do que uma solução de verdade.
Com um quarto do volume perdido, o mercado automotivo francês está em terreno instável. Mas será que já chegaram ao fundo do poço ou ainda estão afundando? É como no mercado financeiro: às vezes, uma longa sequência de quedas faz parecer que a recuperação está próxima, quando na verdade ainda tem chão pela frente.
Muita gente não acredita em uma virada tão cedo para o setor
No ano passado, o CEO da Mercedes, Ola Källenius, já dizia que não via chances de retomada antes de 2026 — talvez só em 2027. E os números mais recentes da marca confirmam essa leitura: queda de 9% no segundo trimestre de 2025, mesmo com a empresa alegando que os estoques foram impactados por questões ligadas às tarifas alfandegárias.
Na França, a situação é parecida com a do restante da Europa: a tendência ainda é de queda. E ela preocupa. Luc Chatel, presidente da Plataforma Automotiva (PFA), chegou a dizer que "a crise que enfrentamos hoje é muito mais complexa e perigosa, porque pode colocar em risco a própria existência dessa indústria. O setor automotivo pode passar pelo mesmo que outras indústrias viveram no ...
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